Jacarta, 19 nov (EFE).- As colheitas ruins, a proliferação de
doenças e os desastres naturais por causa da mudança climática
custarão à Indonésia até 7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em
2100, afirmou hoje o Banco Mundial (BM).
O novo relatório da instituição multilateral, intitulado Análise
Ambiental de Países, referente à Indonésia, destaca "os desafios do
país para alcançar a sustentabilidade" e pede para o Governo atuar
política e financeiramente, segundo o comunicado divulgado.
"A degradação ambiental tem um alto custo para a Indonésia",
disse Joachim von Amsberg, diretor do BM no país, e ressaltou a
necessidade de "adequar as capacidades e incentivos" da
administração e implementar medidas de mitigação.
O BM afirmou que a Indonésia é "um dos países asiáticos mais
vulneráveis aos perigos derivados da mudança climática", como secas,
inundações, elevação do nível dos mares e deslizamentos de terra.
As comunidades rurais, as que vivem da pesca e da agricultura,
são o grupo potencialmente mais atingido pelo aquecimento global,
segundo os especialistas da agência multilateral.
"O lucro anual de evitar os danos derivados da mudança climática
superará os custos (para combatê-los) provavelmente em 2050, se não
forem tomadas medidas", segundo a entidade.
Outros temas que o documento aborda são o custo ambiental do
desmatamento, que gera grandes emissões de CO2 e uma grande perda de
biodiversidade, uma economia baseada na exploração dos recursos
naturais e o deficiente sistema de saneamento do país, que
representam mais de 2% do PIB.
Além disso, a poluição tem impacto direto na saúde, o que
representa uma despesa equivalente a 1,3% do PIB, segundo o
relatório. EFE