Tóquio, 24 ago (EFE).- A agência Moody's Investors Service rebaixou nesta quarta-feira (hora local) a qualificação da dívida soberana do Japão, e reduziu sua qualificação da dívida pública de Aa2 para Aa3, pelo déficit fiscal, acumulação de dívida pública desde 2009 e pelos efeitos do terremoto de 11 de março e o posterior crise nuclear.
O ministro de Finanças japonês, Yoshihiko Noda, garantiu que a confiança na economia japonesa "segue intacta" apesar do corte de Moody's. "A venda dos bônus de dívida do Governo japonês nas recentes leilões mostra que a confiança segue intacta", afirmou Noda em declarações publicadas pela agência "Kyodo".
Além disso, a agência de qualificação acrescentou os motivos de rebaixamento à instabilidade política que impede, segundo um comunicado de Moody's, estratégias a longo prazo.
Japão, que na semana que vem deve mudar de primeiro-ministro perante a demissão do atual, Naoto Kan, por sua gestão na crise de 11 de março, teve desde 2006 cinco primeiros-ministros.
No dia 31 de maio,Moody's revisou uma possível redução da qualificação de dívida de risco do Japão perante as dificuldades do Governo para estabelecer e alcançar um objetivo "crível" de redução do déficit público.
Além disso, a agência rebaixou no final de fevereiro a perspectiva da dívida soberana japonesa de "estável" para "negativa" (Aa2) e avisou que, sem uma estratégia efetiva, a dívida do Japão aumentaria consideravelmente pelos custos econômicos e tributários do terremoto de 11 de março, "muito maiores que o esperado inicialmente". EFE