Havana, 20 dez (EFE).- A economia cubana cresceu apenas 1,4% em
2009, longe dos 6% de meta, informou hoje o ministro da Economia e
Planejamento, Marino Murillo, ao apresentar perante a Assembleia
Nacional o balanço do Governo do general Raúl Castro.
Segundo Murillo, que também é um dos vice-presidentes do Conselho
de Ministros, as exportações caíram este ano 22,9% e as importações
37,4.
Por setores, cresceram o agropecuário (4,5%), de transporte
(4,6%) e de serviços (4%), enquanto a indústria (2%) teve retração e
o comércio se manteve igual.
O ministro da Economia acrescentou que em 2009 a produtividade do
trabalho recuou 1,1%, os salários subiram 2,9% e os investimentos
diminuíram 16%.
Murillo atribuiu o pouco crescimento deste ano ao embargo
econômico americano que vigora há meio século, às repercussões da
crise financeira internacional e às sequelas de três furacões que
causaram perdas de US$ 10 bilhões à ilha em 2008.
Na presença do general Raúl Castro, o alto funcionário leu
perante 550 dos 610 deputados um relatório sobre o comportamento do
orçamento oficial em 2009, com um aumento discreto de 1,9% ao atual,
e as prioridades do Plano Econômico e Social do Governo para o
próximo ano.
Como em anos anteriores, na mesa presidencial se manteve vazia a
poltrona de Fidel Castro, de 83 anos, que não aparece em público
desde julho de 2006, mas continua como primeiro-secretário do
governante Partido Comunista - Raúl é o segundo-secretário. EFE