Rio de Janeiro, 12 mar (EFE).- A petrolífera OGX, do empresário
Eike Batista, anunciou hoje a descoberta de indícios de
hidrocarbonetos em um bloco marítimo de participação total da
empresa e situado próximo à costa do estado do Rio de Janeiro.
A OGX encontrou uma coluna de petróleo de aproximadamente 70
metros na seção aptiana, no bloco BM-C-41, localizado a uma
profundidade de 137 metros abaixo do nível do mar na Bacia de
Campos, maior região petrolífera do Brasil, a cerca de 82
quilômetros do litoral fluminense.
A empresa assegurou em comunicado que vai prosseguir com os
trabalhos de perfuração desse poço, até uma profundidade de 3,6 mil
metros.
A petrolífera também comunicou que recolheu e analisou amostras
de rocha que são muito similares às encontradas em outros dois
poços, que operam a 8,5 quilômetros de distância.
Um desses poços, o OGX-3, contém um volume de 500 a 900 milhões
de barris de petróleo extraível, anunciou recentemente a empresa.
Esses indícios levaram a OGX a considerar que se pode tratar da
mesma acumulação de hidrocarbonetos. Por isso, a jazida poderia se
estender ao norte do bloco BM-C-41.
"Isso ratifica o importantíssimo potencial petrolífero da
província", afirmou no comunicado o diretor-geral da OGX, Paulo
Mendonça. Ele constatou que a empresa vai continuar a perfurar a
região para identificar seu potencial petrolífero.
O bloco BM-C-41 é vizinho a outras duas regiões marítimas nas
quais a OGX calcula que poderia extrair entre 600 milhões e 1,7
bilhão de barris de petróleo.
A OGX é a maior petrolífera privada brasileira e prevê começar a
extrair petróleo a partir de 2011 de algumas das 29 regiões
petrolíferas das quais obteve concessão do Estado.
A empresa faz parte do grupo EBX, fundado e presidido por Eike
Batista, eleito nesta semana pela revista "Forbes" o segundo homem
mais rico da América Latina e o oitavo do mundo, com um patrimônio
estimado de US$ 27 bilhões. EFE