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Índia prevê déficit fiscal de 6,8% do PIB

Publicado 06.07.2009, 08:10
Atualizado 06.07.2009, 08:35
TTEF
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Nova Délhi, 6 jul (EFE).- O Governo indiano previu hoje um déficit fiscal de 6,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para o exercício fiscal atual, o que qualificou de "preocupante", e se comprometeu a voltar ao equilíbrio orçamentário "o mais rápido possível".

Essas considerações foram feitas pelo ministro das Finanças indiano, Pranab Mukherjee, na apresentação ao Parlamento dos orçamentos do Estado para o exercício fiscal atual, que começou em abril deste ano.

Mukherjee previu uma despesa total de 10,2 trilhões de rúpias (US$ 210 bilhões) para o período de referência, o que implica em um aumento de 36% a respeito do valor orçado no ano anterior.

No ano passado, o Governo tinha previsto um déficit fiscal de 2,5%, mas, no fechamento do exercício, em março deste ano, o nível alcançou 6,2% do PIB.

O ministro, cujo discurso foi retransmitido ao vivo pelo canal "NDTV", atribuiu este aumento aos três planos de estímulo financeiro consecutivos aprovados no final de 2008 pelo Executivo para combater a crise internacional.

Segundo ele, as medidas de "choque" para revitalizar a atividade econômica na Índia tiveram um efeito positivo para "frear a queda da taxa de crescimento do PIB", que ficou em 6,7% no exercício de 2008-2009, frente aos 8,7% previstos na apresentação de orçamentos.

Mukherjee disse que as despesas planejadas para o novo ano poderiam aumentar durante o exercício fiscal, em função das medidas a serem adotadas pelo Governo para "minimizar o impacto da recessão global".

O ministro fixou como prioridades do Governo voltar ao caminho do crescimento sustentado de 9% (alcançado em 2007-2008), fortalecer os mecanismos de um crescimento "inclusivo" para criar 12 milhões de empregos ao ano, reduzir a menos da metade a pobreza em 2014 e garantir um avanço de 4% no setor agrícola.

"O Governo reconhece os desafios deste trabalho, particularmente em um momento no qual o mundo está ainda lutando contra uma crise financeira internacional e uma recessão econômica que também afetou a Índia", disse o ministro. EFE

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