LONDRES (Reuters) - Um britânico que ajudou um grupo islâmico da Síria a gravar vídeos de decapitações e depois forjou a própria morte na esperança de voltar para casa despercebido foi condenado a 12 anos de prisão nesta sexta-feira.
Imran Khawaja, de 27 anos, de Southall, no oeste de Londres, viajou para um campo de treinamento em solo sírio em janeiro do ano passado e se uniu ao Rayat al Tawheed, que se alinhou ao Estado Islâmico, disseram os promotores.
O grupo começou a publicar mensagens violentas na Internet na tentativa de convencer outros a cerrar suas fileiras.
"Khawaja foi visto em um vídeo perturbador postado em mídias sociais que mostrou inclusive uma sacola com cabeças decepadas", informou um comunicado da polícia depois do veredicto desta sexta-feira no tribunal de Woolwich Crown.
"Ele aparece na filmagem com o rosto coberto pegando uma das cabeças da sacola e a exibindo à câmera", completou.
Em maio de 2014, o grupo publicou uma mensagem em mídias sociais afirmando que ele tinha sido morto, assim como uma imagem de dois mascarados segurando uma bandeira associada ao Estado Islâmico.
"Khawaja… forjou a própria morte para ocultar seu retorno à Grã-Bretanha", afirmou o comandante Richard Walton, chefe do comando de contraterrorismo SO15.
Mas Khawaja e seu primo, Tahir Bhatti, foram presos em junho passado na cidade portuária de Dover, no sudeste inglês.
Khawaja admitiu ter se preparado para cometer atos terroristas, e Bhatti, de 45 anos, de Watford, no norte londrino, declarou-se culpado de tê-lo ajudado e foi sentenciado a 21 meses de prisão.
Asim Ali, de 33 anos, que admitiu ter dado dinheiro a Khawaja, recebeu a mesma pena.
(Por Stephen Addison)