Atenas, 9 abr (EFE).- O Governo da Grécia afirmou hoje em Atenas
que não solicitou ativar o mecanismo de ajuda europeu para superar
seu grave crise econômica.
Segundo um comunicado emitido na noite de hoje pelo gabinete do
primeiro-ministro grego, Yorgos Papandreu, este fez hoje contato por
telefone com vários líderes europeus e em nenhum momento pediu para
ativar o mecanismo de ajuda comunitária para a Grécia.
A nota assegura que o primeiro-ministro falou com o presidente do
Conselho Europeu, Herman van Rumpuy, o presidente da Comissão
Europeia, José Manuel Barroso, o presidente do Banco Central
Europeu, Jean-Claude Trichet e com o chefe da zona do euro,
Jean-Claude Juncker.
"Com estes tratou sobre a avaliação da situação da Europa em
relação com a economia e intercambiaram opiniões sobre as ações da
UE em relação com os mercados", diz o comunicado.
"Cabe notar que nem abordou nem se pediu para ativar "o
mecanismo" (de ajudas financeiras europeias)", destaca a nota.
O comunicado do escritório de Papandreu foi emitido horas após
rumores sobre um suposto acordo alcançado entre os ministros de
Finanças da UE e altos funcionários bancários sobre os termos de
crédito à Grécia por parte da UE e do Fundo Monetário Internacional
(FMI).
A Bolsa de Valores de Atenas fechou hoje com uma alta de 3,4%
após três dias consecutivos de fortes perdas.
Enquanto isso, o diferencial do bônus grego de 10 anos em relação
ao alemão caiu abaixo dos 400 pontos básicos após superar na
quinta-feira as 450 unidades, com taxas de juros superiores a 7%.
O mercado esteve à espera de uma decisão da Grécia sobre se
recorre ou não à ajuda externa para superar a crise, utilizando a
rede de proteção decidida pela UE em março, com a colaboração do
FMI. EFE