São Paulo, 24 fev (EFE).- A Vivo, a maior operadora de telefonia celular do Brasil controlada pela espanhola Telefónica, conquistou no ano passado lucro líquido de R$ 1,893,8 bilhão, 115,7% superior ao de 2009 e o maior em sete anos de existência, informou nesta quinta-feira a companhia.
Sob o controle da operadora desde o ano passado, após a compra da participação da Portugal Telecom, a operadora se manteve líder no mercado brasileiro em 2010, com participação de 29,71% em um mercado de 200,94 milhões de linhas móveis.
Apesar do número de linhas da Vivo ter passado de 51,74 milhões em dezembro de 2009 para 60,29 milhões no mesmo mês de 2010, a participação da operadora no mercado registrou leve recuo, de 29,75% para 29,7%.
Conforme comunicado enviado pela Vivo aos acionistas, a receita líquida cresceu 8,8% no ano passado, para os R$ 18,105,9 bilhões.
O lucro antes dos impostos, depreciação, amortizações e juros (Ebitda) somou R$ 5,831,8 bilhões, 11,6% maior que no ano de 2009.
Para o bom desempenho do ano contribuiu especialmente o resultado do último trimestre, quando o lucro líquido subiu 325,1% frente ao mesmo período de 2009 e chegou a R$ 864,2 milhões.
A companhia atribuiu os bons resultados de 2010 ao crescimento do número de linhas e ao aumento de receita pelos serviços adicionais, especialmente da transmissão de dados.
"O desempenho de 2010 é outra prova de nosso bem-sucedido trabalho. Obtivemos no ano lucro recorde na história", consta no boletim da Vivo, que se apresentou no comunicado como a oitava maior empresa privada do Brasil pelo critério de vendas.
A empresa acrescentou que, apesar de sua participação no mercado em geral ser de 29,71%, tem 35,2% das linhas pós-pago do Brasil devido à atenção para "este tipo de cliente, que acrescenta mais receita tanto de voz quanto de dados".
Vivo informou igualmente que terminou 2010 com dívida bruta de R$ 3,913,9 bilhões, inferior aos 23,6% à de dezembro de 2009.
Acrescentou que o perfil de sua dívida se caracteriza por ser majoritariamente de longo prazo (81,7 %) e que a contratada em moeda estrangeira se limita a 16,7%.
A empresa informou igualmente que seus investimentos no ano passado foram de R$ 2,489 bilhões.
Segundo a Vivo, seu conselho de administração já aprovou investimentos em 2011 de R$ 3,482 bilhões, incluindo os valores destinados ao pagamento de licenças de radiofrequência adquiridas em dezembro.
Telefónica ficou no ano passado com a totalidade das ações da Brasilcel, o grupo que controlava 60% da Vivo e que compartilhava meio a meio com Portugal Telecom, após pagar 7,5 bilhões de euros à empresa lusa. EFE