Por William James e Kylie MacLellan
LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, obteve uma inesperada vitória confortável nas eleições nacionais, superando previsões de que a votação seria a mais acirrada em décadas, para renovar seu mandato por mais cinco anos e derrotando a oposição trabalhista com sobras.
A libra, os títulos e as ações da Grã-Bretanha subiram devido ao resultado que reverteu as expectativas apontadas pelas pesquisas de um Parlamento indefinido, em que Cameron teria que disputar o poder com o rival trabalhista Ed Millband.
Em vez disso, Cameron agora vai se encontrar com a rainha Elizabeth nesta manhã para aceitar um novo mandato no governo.
"Esta é a vitória mais doce de todas", disse a apoiadores na sede do partido. "A verdadeira razão para celebrar nesta noite, a verdadeira razão para se orgulhar, a verdadeira razão para se animar é que vamos ter a oportunidade de servir novamente ao nosso país", completou.
A vitória de Cameron também significa que a Grã-Bretanha terá um referendo prometido pelo premiê sobre a participação na União Europeia. Cameron disse que quer continuar no bloco, mas somente se puder renegociar a relação britânica com a UE.
Cameron retornou, sorrindo ao lado da esposa, Samantha, ao gabinete em Downing Street nesta sexta-feira. Ele deve declarar a vitória em frente à porta preta do número 10 da Downing Street após o encontro com a rainha.
Faltando conhecer os vencedores de apenas 10 dos 650 assentos do Parlamento, os conservadores conquistaram 325 vagas, de acordo com os resultados anunciados nesta sexta. O partido Trabalhista estava bem atrás, com 228.
Na prática, o número é suficiente para uma maioria efetiva dos conservadores, uma vez que quatro parlamentares do Sinn Fein, da Irlanda do Norte, vão recusar seus assentos em Westminster e com mais vagas ainda por vir para os conservadores.