WASHINGTON (Reuters) - Estados Unidos e Irã estreitaram suas diferenças em negociações nucleares, afirmou o presidente dos EUA, Barack Obama, diante de novos alertas dos republicanos de que qualquer acordo terá de enfrentar uma avaliação dura do Congresso.
"Fizemos progressos na redução das disparidades, mas essas disparidades ainda existem", disse Obama em entrevista ao programa da CBS News "Face the Nation", que foi gravado no sábado e transmitido neste domingo.
Ele, no entanto, repetiu que está disposto a se afastar das negociações, que estão programadas para chegar a um esboço de acordo no final de março, se Teerã não cumprir as exigências de Washington.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, um republicano, advertiu o presidente democrata a não fazer "o mau negócio que todos nós antecipamos que ele vai fazer". Ele disse que Obama "não pode contornar o Congresso para sempre".
Argumentando que o Irã estava "fomentando problemas" em outros países do Oriente Médio, incluindo a Síria, McConnell também alertou que o Senado "não pode ignorar todos os seus outros comportamentos visando um potencial acordo nuclear."
Ao defender as negociações, que têm sido alvo de críticas também do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Obama disse à CBS:
"O Irã tem agido de acordo com os termos do acordo, nós sabemos o que está acontecendo no terreno no Irã, eles não avançaram o seu programa nuclear, conseguimos reverter seus 20 por cento de urânio altamente enriquecido durante este período" de negociações.
O Irã afirma que seu programa nuclear é para fins pacíficos, mas Washington e outros países temem que esteja buscando secretamente a capacidade de construir uma bomba.
(Reportagem de Richard Cowan)