Tóquio, 21 mar (EFE).- O Japão demonstrou nesta quarta-feira sua satisfação com o plano de Washington de eximi-lo das sanções que aplicará a partir de julho aos países que comprarem petróleo do Irã e indicou que não descarta cortar ainda mais as importações oriundas dessa nação.
O ministro das Finanças japonês, Jun Azumi, agradeceu aos Estados Unidos por terem levado em conta os cortes que Tóquio já realizou nos últimos anos à hora de excluir das sanções as instituições financeiras japonesas que fazem negócios com o banco central iraniano.
Em declarações recolhidas pela agência "Kyodo", Azumi assegurou que na decisão de Washington pesou também a possibilidade de o Governo japonês reduzir ainda mais sua dependência do petróleo iraniano.
"Acho que estamos encaminhados a cortar ainda mais nossas importações de petróleo (do Irã)", avaliou.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou nesta terça-feira que o Japão e dez países da União Europeia (UE) ficarão isentos das penalizações estipuladas dentro da lei aprovada pelos EUA em 31 de dezembro para sancionar Teerã por seu programa nuclear.
A própria norma dispensa da aplicação de sanções os países que tiverem reduzido significativamente seu volume de compra de petróleo iraniano, como é o caso do Japão, que nos últimos cinco anos o diminuiu em 40%.
Atualmente, as importações do Irã representam cerca de 10% do petróleo que o Japão adquire do exterior. EFE