(Reuters) - O Wells Fargo elevou nesta quinta-feira em mais de um milhão o número de contas possivelmente abertas sem conhecimento dos clientes, após revisão ampliada sobre práticas de vendas.
A revelação é o último capítulo de um escândalo de um ano no banco de San Francisco, de novo na mira de legisladores, que se preparam para voltar ao Congresso na próxima semana.
A senadora democrata Elizabeth Warren, líder em questões de finanças do consumidor, tuitou "Inacreditável" após o Wells Fargo dizer que descobriu que 1,4 milhões de contas adicionais foram potencialmente abertas sem permissão, elevando a estimativa total para cerca de 3,5 milhões.
"Toda nova revelação parece expandir o escopo dos problemas do banco, o que cria a percepção de que o escândalo está aumentando em vez de desaparecer", disse o analista do Cowen Washington Research, Jaret Seiberg.
O escândalo sobre contas falsas tornou-se público em setembro, quando o Wells Fargo chegou a um acordo de 190 milhões de dólares com reguladores sobre o assunto. Isso levou à saída do presidente-executivo John Stumpf, à divisão entre acionistas e divulgações de outros problemas nas vendas, incluindo seguro para automóveis e taxas impróprias de hipotecas.
Os problemas relatados na quinta-feira vieram após um consultor contratado pelo Wells Fargo examinar as contas desde 2009, um histórico mais amplo do que a revisão do ano passado.
O Wells devolverá 2,8 milhões de dólares para clientes que aparentemente tiveram contas abertas para pessoas físicas e pequenas empresas sem permissão. O banco também revelou que 528 mil registros de pagamento de contas online potencialmente não autorizadas, um problema divulgado recentemente e o banco pagará 910 mil dólares aos clientes afetados.
(Por Dan Freed; reportagem adicional de David Henry e Olivia Oran)