Berlim, 23 set (EFE).- Vários pesquisas de opinião publicadas
hoje, quatro dias antes das eleições legislativas na Alemanha,
indicam uma estagnação e ligeira queda das forças de centro-direita
nas intenções de voto, assim como uma alta de mesma proporção da
esquerda.
A União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã (CSU) - da
chanceler, Angela Merkel, se estagnou em intenções de voto d 35%
perante as eleições gerais do próximo domingo, segundo a enquete
publicada hoje pelo instituto "Forsa".
A consulta feita por encomenda da emissora de televisão RTL
revela que o Partido Social-Democrata (SPD) ganha dois pontos e sobe
até 26%, enquanto o Partido Democrático-Liberal (FDP) soma um ponto
até 13%, os Verdes se mantêm estáveis em 11%, da mesma forma que A
Esquerda com 10%.
Por sua parte, o instituto "Allensbach" concede em uma pesquisa
que publica hoje o jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung", 35% de
votos a CDU/CSU, 24% ao SPD, 13,5% ao FDP, 11% aos Verdes e 11,5% à
Esquerda.
Uma terceira enquete que publica hoje o rotativo econômico
"Handelsblatt", realizada pelo instituto INFO, atribui à União 34%
dos votos, enquanto o SPD sobe até 27% , os liberais e A Esquerda,
12 %, respectivamente, e os Verdes 10%.
Nos dois primeiros casos, a potencial coalizão conservadora
liberal de CDU/CSU e FDP alcançaria uma maioria ajustada no
Bundestag suficiente para governar, embora nas pesquisas a diferença
com a soma das três formações de esquerda é de apenas um ponto.
A terceira pesquisa, no entanto, questiona já a coalizão entre
União e liberais e concede uma soma maior de votos às três formações
de esquerda: o SPD, A Esquerda e os Verdes, por sua vez saca de novo
flutuando a alternativa de uma reedição da grande coalizão como
solução de conveniência.
Os analistas do "Forsa" sublinham que a chanceler federal, Angela
Merkel, perdeu sete pontos no índice de simpatia entre a população,
já que, se fosse direta a eleição do chefe do Governo, receberia o
voto de 49% dos indagados.
Seu rival direto, candidato do SPD e ministro federal de Assuntos
Exteriores, Frank Walter Steinmeier, não se beneficia, no entanto,
em grande medida dessa baixa, já que só ganha dois pontos até
alcançar um 26 %.
"A corrida eleitoral é cada vez mais ajustada. Mas, com a soma
dos mandatos adicionais, a União e o FDP poderiam alcançar uma
maioria parlamentar", assinala Manfred Güllner, diretor do "Forsa",
no estudo.
A enquete também mostra que Angela Merkel supera a Frank Walter
Steinmeier em muitos campos quando se pergunta ao cidadão sobre a
personalidade e as capacidades dos dois principais candidatos à
Chancelaria.
Assim, 76% ressaltam a capacidade de liderança de Merkel enquanto
49% para Steinmeier e 89% consideram que a primeira representa
melhor aos alemães no estrangeiro frente a 68% que se decantam pelo
segundo. EFE