Caracas, 9 jun (EFE).- O presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, assegurou que a economia do país está "sólida como uma rocha" e que isso "não vai mudar" em seu Governo, que, segundo ele, contará com uma "grande percentagem" de mulheres.
"O país está tranquilo e a economia está firme e em crescimento. Os bancos internacionais e as empresas de medição de riscos falam para as nações investirem no país e para que, se a bolsa baixar, comprem ações porque elas vão subir", ressaltou Humala em entrevista divulgada nesta quinta-feira pela "Telesur".
Para o político nacionalista, a economia real peruana sustentada nas indústrias nacionais, na força de trabalho e nas pequenas empresas está "sólida como uma rocha e isso não vai mudar".
Humala afirmou que a "grande" queda de 12,45% da Bolsa de Lima na segunda-feira passada, um dia após sua vitória no pleito presidencial contra a conservadora Keiko Fujimori, foi uma consequência do "processo eleitoral".
"Eu peço calma e tranquilidade ao país. A economia está firme", reiterou Humala, ao destacar a recuperação da bolsa peruana desde então.
"O crescimento econômico é bom. É preciso consolidá-lo, fortalecê-lo e incrementá-lo, mas também que venha com inclusão social", disse o presidente eleito peruano, que nesta quinta-feira iniciou no Brasil uma viagem por vários países da América do Sul.
Humala disse que o novo Executivo está fazendo "todo o esforço" para criar um conselho econômico e social, do qual participarão representantes empresariais e dos trabalhadores, que permitirão ao Governo ter "uma instância consultiva que não dependa de uma ou duas pessoas".
Além disso, ressaltou que seu novo gabinete terá "uma grande percentagem de mulheres e de independentes", mas que serão pessoas com "experiência e conhecimento sobre os ministérios que vão assumir".
Destacou ainda que estarão "comprometidos" com "esta grande transformação" que ele quer impulsionar.
Humala disse que há "consenso político" sobre a aplicação de impostos "excepcionais" às empresas de mineração e que seu Governo vai "conversar" com o setor para "estabelecer tecnicamente" como serão.
Ele acrescentou que algumas mineradoras já disseram que estão de acordo com a proposta, sem fornecer mais detalhes. EFE