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Mercado vende dólares à espera de Copom mais duro

Publicado 05.05.2021, 17:09
Atualizado 05.05.2021, 17:25
© Reuters. Notas de reais e dólares
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar sofreu firme queda nesta quarta-feira, o que levou o real ao topo dos ganhos entre as principais moedas. O movimento refletiu posicionamento do mercado em prol de um Banco Central mais duro com a inflação quando anunciar em breve sua decisão de política monetária, o que pode sinalizar um juro terminal mais alto que eleve a atratividade da moeda brasileira.

O dólar à vista caiu 1,23%, a 5,3652 reais na venda, depois de tocar 5,3552 reais (-1,42%) na mínima atingida à tarde. A máxima foi de 5,442 reais (+0,18%), alcançada ainda na primeira hora de negócios.

Investidores também expressaram visão de um BC mais ortodoxo sobre a inflação no mercado de juros, em que taxas de curto prazo subiram --indicando expectativa de Selic mais alta-- enquanto as de vértices mais longos caíram. Isso causou a redução da inclinação da curva, um clássico quando se fala em BC "hawkish" (duro com a inflação).

"À luz dos dados recentes, esperamos que o comitê modifique sua comunicação, não mais descrevendo o atual processo de ajuste monetário como parcial", disse o Itaú Unibanco (SA:ITUB4), em referência a números de atividade econômica, balanço de riscos, projeções e expectativas de inflação.

A Selic está em 2,75% ao ano e deve ser elevada em 0,75 ponto percentual na noite desta quarta-feira, para 3,50%. E o processo de ajuste monetário vai continuar.

"Com a Selic chegando a 4% em junho, já ficaria acima da taxa básica de alguns países pares do Brasil e em linha com a do México. Como a perspectiva é de continuidade do ciclo, isso já ajuda o real", disse Sérgio Goldenstein, consultor independente da Ohmresearch Independent Insights.

Contratos futuros de real já embutem taxa de juros perto de 4,5%, muito similar ao retorno atrelado a derivativos de igual vencimento para o peso mexicano, apesar de o juro básico mexicano (4%) ser consideravelmente maior que o brasileiro.

André Nogueira Fontenelle, responsável pelos fundos multimercados macro da Bradesco Asset Management (Bram), acredita que o status do real como financiador de operações de arbitragem com taxas de juros acabou.

LEIA MAIS: Alta de juros já torna real atraente e trégua de abril pode continuar, diz Bram

Essa condição, causada pelo juro baixo, transformou a moeda brasileira em alvo fácil de operações de "hedge" para aplicações em outros mercados --estratégia que, por representar venda de reais (compra de dólar), intensificou a pressão sobre a taxa de câmbio.

RUÍDO POLÍTICO-FISCAL

O real recuperou perdas em abril, mas ainda cai 3,24% em 2021, o que se soma à perda de quase 23% no ano passado. Analistas dizem que a combinação entre juro real negativo e deterioração fiscal nocautearam a moeda brasileira. Enquanto o lado da política monetária parece encaminhado, riscos político-fiscais ainda ditam uma visão conservadora sobre o câmbio por parte de investidores estrangeiros.

"Investigações sobre a gestão da pandemia pelo governo provavelmente só aumentarão o ruído político e têm o potencial de adiar a aprovação das reformas necessárias e diluir notícias positivas relacionadas a privatizações", disse em relatório Bertrand Delgado, estrategista para mercados emergentes do Société Générale (PA:SOGN).

VEJA TAMBÉM: Real seguirá sob pressão em meio a risco político, diz Société Générale

© Reuters. Notas de reais e dólares
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

E analistas da TD Securities entendem que o real, apesar dos atuais patamares, ainda não está barato dados os riscos em torno.

"O risco de mais deterioração fiscal nos mantém em uma posição cautelosa em relação ao real. Como tal, não vemos a moeda como necessariamente barata em torno de 5,50 por dólar --e certamente não a 5,00 por dólar. Para isso, achamos que a taxa Selic precisará ficar pelo menos 300 pontos-base mais alta", disseram em nota.

(Por José de Castro; Edição de Isabel Versiani)

Últimos comentários

Ou seja, o dólar estava nas alturas porque o governo quis. Sacrificou o povo com inflação alta só pra agradar meia dúzia de bilionários do agronegócio.
E tambem dar um calote branco na divida !!!
subiu porque botaron o selic ao dois por cento para agradecer o companhos de a banda bassottos e fazer os bilionários comprar barato a preço de banana as estatais mais o hogo virou porque o supremo lhe deu uma pisada nos peis a liberar o lulinho
ignorando a divida publica você está correto.
SELIC 15% #EUACREDITO
perfeito Luciano, mas os arautos do fim do mundo estão sempre de plantão, está na hora de acreditarmos no Brasil ,somos o celeiro de alimentos do mundo ou não?
acreditar no Brasil com STF e Lula no radar?
Corrigindo, Mercado compra reais à espera de Copom mais duro. Faz meses que o fluxo é de compra de reais, mesmo que a cotação não esteja recuando tanto, afinal, para quem tem dólares, é muito mais interessante manter o real desvalorizado enquanto compra. Lembrando que também é interessante manter a cotação das ações desvalorizadas, pois assim tem lucro nas duas operações. Compra de real barato e compra de ações baratas. Quando as ações valorizarem, o real também irá, logo, considerando o movimento dos preços, o investidor ganhará nas duas operações. Enquanto isso toda a mídia e o mercado influenciam os pequenos a fazer movimentos errados com notícias tendenciosas.
kkkkkk, o Brasil é o país que todo mundo precisa dele, kkkkk, então é só se vender caro já que que não tem risco nenhum, kkkkkkk
Gostaria de entender que risco pode ter o Brasil se tem superavit na Balanca 70 bi dólar este mês 10bi uma das 5 maiores reservas cambiais do mundo em época de Pandemia o Brasil saiu-se numa das melhores situações nossos produtos base da nossa economia é Agro que alimenta 1 bilhão e 100 milhões de pessoas.Portanto vamos analisar os ativos e Passivos do Brasil.Brasil não dívida externa foi paga pelo Lula a dívida interna e alta cerca de 90% do PiB aí da assim uma das menores do mundo e financiada em real as menores taxas de juros da história. Então que risco tem Brasil Zero de risco.Ai vem alguém fala em crise política se houver não vai ter problema a situação Macro continua a mesma por isso o mercado já viu e vai aproveitar as oportunidades nessas crises até alimentar para comprar Brasil.E o riquíssimo mal falado que é auto suficiente é todo mundo precisa dele.
calma pequena e saltitante sardinha elétrica é um país que todo mundo manda
Se divida de um pais fosse sinonimo de algo, a russia, um dos paises com a menor divida do mundo nao teria a moeda desvalorizada. A verdade e que os caras semlre procuram algo pra fazer a moeda subir.
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