Juan David Leal.
México, 8 jul (EFE).- Os Governos do México e do Chile reforçaram nesta sexta-feira sua relação bilateral com a assinatura de uma série de acordos culturais, educativos e de cooperação judicial, além de reafirmarem sua intenção de conquistarem juntos o mercado asiático.
Em mensagem à imprensa após uma breve reunião na residência oficial mexicana de Los Pinos, os líderes do México, Felipe Calderón, e do Chile, Sebastián Piñera, foram testemunhas da oficialização de diversos documentos entre as chancelarias dos dois países.
Ambas nações selaram um convênio de proteção e restituição de bens culturais, um acordo sobre atendimento de nacionais no exterior, um memorando de entendimento para avançar no reconhecimento mútuo de títulos profissionais e, finalmente, uma carta de intenção em matéria de cooperação judicial.
Piñera, que chegou quinta-feira à capital mexicana, manifestou que os acordos "têm importância para a qualidade de vida" dos cidadãos chilenos e mexicanos, e destacou que durante as conversas com Calderón e sua equipe surgiram "novos temas" como a intenção de estreitar a colaboração no terreno da agricultura.
"O México está no hemisfério norte e o Chile no hemisfério sul. Juntos podemos abastecer o mundo inteiro com alimentos, frutas, verduras e hortaliças, durante todas as estações do ano", afirmou o mandatário chileno.
Além disso, Piñera lembrou que é importante "colaborar muito mais estreitamente" na luta contra o narcotráfico que afeta os dois países. "O narcotráfico significa morte, destruição dor e escravidão, por isso devemos unir forças, compartilhar experiências, inteligência e tecnologia para lutar de forma mais eficaz contra esse flagelo", disse.
Antes, durante a cerimônia de recepção oferecida por Calderón, o chileno declarou que a luta contra o narcotráfico tem que acontecer com "toda a força do mundo e com todo o rigor da lei sem ceder um centímetro".
Por sua vez, o chefe de Estado mexicano afirmou que os dois países desejam ser líderes no processo de "abrir novos mercados para os produtos das nações latino-americanas no mundo, especialmente na região Ásia-Pacífico".
Calderón considerou que o mecanismo de integração Aliança do Pacífico, assinado em abril por México, Chile, Colômbia e Peru, servirá para constituir "uma das zonas de comércio mais importantes, mais competitivas e de maior crescimento" na América Latina.
"Esta é também nossa grande oportunidade de ver os produtos chilenos e mexicanos conquistar mercados no mundo, particularmente em terras asiáticas", concluiu.
O comércio bilateral entre México e Chile se triplicou desde 1998 - ano em que entrou em vigor um acordo de livre-comércio entre ambos - e somou US$ 3,8 bilhões em 2010. EFE