O dólar hoje avançou nesta quarta-feira, 5, ante rivais fortes e moedas emergentes, em sessão marcada por divulgação da ata da última reunião monetária do Federal Reserve (Fed), reforçando sinalização de novas altas de {{ecl-168juros}} ainda em 2023. Além disso, investidores monitoraram a desaceleração no setor de serviços da Europa, Japão e Ásia, indicada por leituras do índice de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da S&P Global e parceiros.
Por volta das 17h (de Brasília), o dólar subia a 144,65 ienes e a libra recuava a US$ 1,2707. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,37%, a 103,373 pontos.
O dólar ganhou fôlego nesta tarde com a publicação da ata do Fed. O documento revelou que alguns dirigentes apoiaram elevação de 25 pontos-base nos juros na última decisão monetária, ocasião em que o banco central optou por manter as taxas. Indicou ainda que quase todos os participantes julgaram apropriado elevar as taxas dos Fed Funds ainda em 2023. A ata também reiterou o compromisso do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) em combater a inflação nos Estados Unidos e o cenário base da equipe técnica sobre a probabilidade de recessão a partir do quarto trimestre deste ano.
Em relatório, a Mizuho (NYSE:MFG) Americas avalia que ainda existem riscos de baixa para o DXY, incluindo novo teste da barreira de 100 a 101 pontos, caso o cenário de recessão se confirme. Contudo, a determinação dos dirigentes do Fed em manter juros restritivos para combater a inflação deve limitar declínios mais acentuados na moeda americana, relata a Mizuho.
No horário citado, o euro recuava a US$ 1,0857, sem conseguir encontrar suporte em falas de autoridades europeias, também reforçando a necessidade de maior aperto monetário na zona do euro. Hoje, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Alemanha (Bundesbank), Joachim Nagel, afirmou que a instituição ainda não atingiu o fim do seu ciclo de aperto e precisa continuar elevando os juros, dependendo de como a inflação se comportar. Segundo o ING, os mercados estão precificando 38 pb de aperto pelo BCE até setembro.