A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Plano de economia de Zapatero é aprovado por apenas um voto de diferença

Publicado 27.05.2010, 12:26

María Luisa González

Madri, 27 mai (EFE).- Por um só voto de diferença, o Governo espanhol consegui aprovar seu polêmico plano para reduzir o déficit público.

O decreto-lei que estabelece a redução dos salários dos empregados públicos, o congelamento das aposentadorias e o corte do investimento foi aprovado em uma votação tensa com 169 votos a favor (todos os deputados socialistas), 168 contra e 13 abstenções.

A abstenção de 10 deputados nacionalistas catalães de centro-direita da Convergência e União, junto à da União do Povo Navarro e da Coalizão Canária, facilitou o plano do Governo de José Luis Rodríguez Zapatero de levar adiante as medidas controversas que pretendem evitar a crise.

A rejeição do Parlamento, segundo os analistas, não só é uma catástrofe para o Executivo socialista, mas uma péssima mensagem para os mercados financeiros que têm à Espanha na mira a semanas por causa da crise grega.

As medidas de economia que pretendem diminuir o déficit público a 3% em 2013 foram reivindicadas pela União Europeia.

Para o Partido Popular (PP), que com 153 deputados é o principal partido da oposição na Espanha, seu voto contra não significa que se oponha à redução do déficit público, mas ao modo como o Executivo o colocou, qualificado de "improvisado, insuficiente e injusto".

"O plano simboliza o fracasso de toda sua política, não só da econômica", afirmou o líder do PP, Mariano Rajoy, que deseja suceder Zapatero à frente do Governo da Espanha e que perdeu em duas ocasiões, em 2004 e 2008, uma disputa eleitoral com o dirigente socialista.

Para Rajoy, Zapatero é "o principal problema da economia espanhola".

Ponto no qual o porta-voz dos nacionalistas catalães, Josep Antoni Duran i Lleida, concorda, embora sua abstenção tenha facilitado a aprovação do plano. Ele defende que o "problema" é Zapatero "e seu Governo".

Por isso, o aconselhou a pensar em convocar eleições, não imediatamente, mas em um horizonte próximo, assim que a reforma trabalhista que o Executivo negocia com os patrões e os sindicatos e o Orçamento Geral do próximo ano estejam prontos.

Os outros dois grupos minoritários, a União do Povo Navarro e a Coalizão Canária, que somaram seus três votos aos 10 dos catalães na abstenção, justificaram sua postura como uma forma de evitar um mal maior e redundaram no argumento de Duran i Lleida de que fizeram isso para que a "Espanha não caia em um poço mais profundo".

Após o debate fontes do Executivo disseram que "O Governo está só, mas não está débil".

Já a porta-voz parlamentar dos 'populares', Soraya Sáenz de Santamaría, disse que seria "um ato de responsabilidade" que o Governo convocasse eleições.

Os próximos pleito gerais na Espanha estão previstos para 2012.

Zapatero, que deveria ir ao Brasil para participar do III Fórum da Aliança de Civilizações, que patrocina junto com ao primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, suspendeu a viagem para concentrar-se nas medidas anticrise.

O próprio Zapatero anunciou sua mudança de planos aos jornalistas no Parlamento após o acirrado debate que, segundo os analistas, evidenciou a grande solidão do Governo socialista, que com seus 169 deputados não tem maioria absoluta no Parlamento e precisa de apoios pontuais de outras forças.

Com as medidas aprovadas hoje, o Executivo pretende economizar 15,250 bilhões de euros entre 2010 e 2011 e reduzir o déficit público a 3% em 2013.

De todas as medidas incluídas no plano de economia, o congelamento das aposentadorias em 2011 é a que causou a maior rejeição. EFE

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.