Pequim, 3 set (EFE).- Crescer sem prejudicar o meio ambiente, adequar as grandes cidades a sua rápida expansão e modernizar os sistemas fiscais e financeiros são algumas das obrigações que o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, indicou à China para que o país asiático "não falhe em sua transição econômica".
Em uma conferência oferecida em Pequim dentro da visita de quatro dias que faz à China, Zoellick falou destes problemas agora que o país "enfrenta seu novo status de economia média-alta", transição em que "muitos países falharam".
"Partimos da ideia de conseguir uma China que, em 2030, seja moderna, harmoniosa, criativa, com altas receitas e responsável dentro do papel que desempenhará na economia mundial", declarou Zoellick.
O presidente do Banco Mundial assegurou que nas últimas décadas a China experimentou "drásticas mudanças" e enalteceu algumas delas, como o crescimento contínuo em dois dígitos, a melhora das condições de vida e o aumento nas exportações.
No entanto, Zoellick insistiu na importância de "modificar as estratégias de crescimento uma vez atingido o patamar de economia média-alta".
"A classe política chinesa, como se viu em seus últimos Planos Quinquenais (XI e XII), sabe que é preciso estimular consumo interno, fazer reformas que melhorem o rendimento da economia e equilibrar a situação nas zonas urbanas e rurais, mas acho que seu maior desafio é levar tudo isso a cabo", afirmou.
Além dos desafios com que o gigante asiático terá de lidar, Zoellick citou vários riscos que ameaçam a economia chinesa, tais como o aumento no preço dos alimentos e a crise econômica que afeta a Europa, já que, como advertiu, "em um mundo globalizado tudo afeta todos".
Outras reformas, principalmente com relação ao papel do Estado em matéria de leis fiscais, mercado de trabalho e gestão de recursos, se apresentarão, segundo Zoellick, como "aspectos a levar em conta para o desenvolvimento estável da China como grande ator econômico mundial". EFE