CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O México ampliou a sua investigação sobre o sequestro e aparente massacre de 43 aprendizes de professor em Iguala, cidade no sudoeste do país, em 2014 para examinar o papel das polícias federal e estadual, disse um promotor federal.
Durante o primeiro ano da investigação, autoridades focaram na polícia municipal de Iguala e na da cidade próxima de Cocula, que, segundo promotores federais, estavam associadas com uma gangue de drogas suspeita de matar os estudantes.
O desaparecimento dos 43 em 26 de setembro de 2014 provocou indignação internacional, atingindo a reputação do país e mergulhando o governo do presidente Enrique Peña Nieto numa crise.
Alfredo Higuera, o promotor federal especial que cuida do caso, disse numa entrevista que a investigação havia reunido cerca de cem declarações adicionais nas últimas semanas de 19 policiais federais e 39 policiais do Estado de Guerrero.
"Indivíduos de todas as forças fizeram declarações, incluindo obviamente pessoas do nível federal”, declarou Higuera, que assumiu o posto um mês depois de um grupo de especialistas internacionais nomeado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos apontar falhas profundas na investigação do governo.
(Por Anahi Rama e Lizbeth Diaz)