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Real despenca quase 7% em 2 pregões com exterior expondo fragilidade doméstica em ano de eleição

Publicado 25.04.2022, 15:07
Atualizado 25.04.2022, 15:10
© Reuters. Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

© Reuters. Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Por Luana Maria Benedito e José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O real voltou a ocupar depois de um longo período o posto de pior moeda entre seus pares, perdendo quase 7% em apenas duas sessões, e analistas pontuam que, embora o exterior esteja ditando a formação de preço da taxa de câmbio, o cenário interno tampouco tem ajudado, em meio a nova tensão institucional em ano de elevada temperatura eleitoral.

Apenas na sexta-feira o dólar saltou 4%, maior alta desde que o mundo mergulhava na crise do início da pandemia dois anos atrás. Nesta segunda, o real seguia como pária global, liderando novamente a ponta negativa com perdas de quase 2% --contudo, o dia novamente é de amplo fortalecimento do dólar por preocupações com a economia global e por riscos de o Fed acelerar o ritmo de aperto monetário.

O ponto citado por analistas agora é que o cenário doméstico pode cada vez mais inspirar cautela num momento em que o panorama externo fica mais e mais avesso a estratégias que ajudaram a apreciar moedas emergentes --e o real-- nos últimos meses. Esse combo e a aproximação das eleições presidenciais em outubro podem adicionar volatilidade a um mercado que historicamente em ano eleitoral já mostra intensos vaivéns.

Nos últimos dias, o mercado lidou com novas manchetes sobre chances de aumento de gastos com o Auxílio Brasil, num contexto em que investidores já questionam as políticas econômicas a serem adotadas pelo governo que tomar posse em 2023.

Paralelo a isso, a crise entre os Poderes voltou a ocupar os holofotes após o presidente Jair Bolsonaro anunciar na quinta-feira passada decreto concedendo perdão ao deputado Daniel Silveira, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crimes de coação no curso do processo e atentado ao ​Estado Democrático de Direito.

"Mais preocupante, contudo, foi a tensão criada entre o Ministro Barroso do STF e as Forças Armadas sobre a lisura das urnas eletrônicas. Este assunto cria um clima de instabilidade forte para o pleito de outubro, e este tema é central para muitos investidores internacionais que veem na estabilidade democrática um ponto fundamental pra investimentos de longo prazo", disse André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.

Para o economista, é difícil determinar se de fato as recentes questões políticas estão "formando preço" no mercado, mas ignorar estes temas não parece mais uma opção. "Está evidente que o mercado está de olho já na eleição, e as rusgas trocadas por um ministro do Supremo e as Forças Armadas não é um sinal alvissareiro", finalizou.

Analistas de mercado ressalvaram que esses eventos em si não definiram o rumo da taxa de câmbio, que depreciou arrastada pelo mau humor externo recente, mas ponderaram que um ambiente interno mais frágil potencializa uma correção do real após os fortes ganhos desde o início do ano.

Na máxima desta sessão, o dólar foi a 4,95 reais, patamar não visto em um mês. A alta corrobora apostas de departamentos econômicos de instituições financeiras de que a divisa voltaria a se aproximar de 5 reais devido à combinação de elementos como restrição de liquidez global e incertezas políticas no Brasil.

"O 'trade' estava muito carregado em real, foram semanas, meses de entradas na moeda. Mas na hora da saída a porta é sempre pequena, é sempre assim", disse Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank. "Se o movimento de 'sell-off' (venda generalizada de ativos) continuar, o dólar pode ir tranquilamente para 5 reais", completou.

ELEIÇÕES À FRENTE

Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest, também acredita que a moeda pode voltar à casa dos 5 reais, e, embora atribua a valorização recente do dólar ao exterior arisco e a movimentos especulativos, acredita que a pauta política local ganhará cada vez mais espaço no radar do mercado a partir do fim do segundo trimestre deste ano, com a aproximação das eleições presidenciais.

Ele também citou as mobilizações de servidores públicos por ajustes salariais --que podem levar a mais greves à frente, como a deflagrada pelo Banco Central no mês passado-- como fator de cautela na cena política.

Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, disse à Reuters que os riscos institucionais e eleitorais domésticos ainda são pequenos quando comparados à crise na Ucrânia, aos receios relacionados à política monetária norte-americana e aos sinais de desaceleração econômica na China.

No entanto, uma "confluência de fatores" pode começar a impulsionar a pauta local ao longo dos próximos meses, mantendo a volatilidade elevada e ofuscando as expectativas do mercado para os preços dos ativos brasileiros, disse ela.

Argenta afirmou que a conclusão das eleições francesas --que culminaram no domingo numa nova vitória de Emmanuel Macron-- tende a intensificar o foco na corrida presidencial brasileira à frente, principalmente depois que votações em outros países que dividem a atenção internacional com o Brasil, como a Colômbia, também ficarem para trás.

© Reuters. Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Também pode aumentar o peso da pauta política doméstica nos mercados algum arrefecimento ou conclusão para os fenômenos externos que têm dominado os noticiários, disse a economista.

Então, o centro das atenções estará no processo eleitoral, que "pode trazer desgaste muito grande para as instituições" brasileiras, afirmou, ressaltando que anos de eleição por aqui "são uma caixinha de surpresas".

"Nas eleições passadas tivemos uma facada, antes disso, um dos principais candidatos morreu", disse Argenta, referindo-se a Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto de 2014. "Coisas tão impensáveis podem acontecer que podem levar a volatilidade para patamares elevadíssimos, dificultando qualquer tipo de projeção" sobre os rumos da taxa de câmbio ou outros ativos domésticos, completou.

Últimos comentários

Depois de 14 anos de esquerda, tivemos que aguentar mais 4 anos de POPULISMO. Em 22, vamos chutar de vez estes vagabundos para fora de Brasília, vamos eleger um governo realmente liberal. Seja patriota, pense no Brasil, não vote em Lula e Bozo.
Independente de ideologismos e correntes politicas todo o governo de alguma forma pratica o populismo, é intrínseco.Give me a break!
Sim, mas nem todos tem uma orda de idiotas defendendo a roubalheira. Ou vai dizer que o Temer tinha idiotas defendendo ele e sua corrupção?
A esquerda junto com alguns ministros do STF são a fonte de toda a instabilidade e são responsáveis por grande atraso do país, prejudicando principalmente os mais necessitados. Mas já estamos tratando esse cancer…
Com o Bolsonaro fazendo trapalhada toda hora não tem como não despencar tem um Trapalhão na Presidência
O futuro do país depende de vocês !!! Entre Bolsonaro e Lula, eu não tenho dúvidas... É humilhante um ex-presidiário assumir o cargo de uma nação gigantesca.🇧🇷👈👈👈👈👈
O povo é soberbo,,,, tem que prevalecer sua vontade,,, a única coisa que não iremos aceitar em um golpe,,,,
nem Lula 13 ou 3 via. o d0id0 do b0z0 (vulgo bolsonaro) NUNCA MAIS!
prisão indevida com base em perseguição política. o político-ex-juiz moro, MPF e PF da "república de curitiba" fizeram uma lambança na armação para condenar o Presidente Lula, tanto assim o é que largaram o "empregão" e assumiram que era política pura e não judiciário
Fragilidade doméstica meu 🥚. Especulação pura pelos lockdowns na China. Dólar volta a cair nessa semana.
não a desonestidade e sim a honestidade
falou do trabalho do lixo do mito a galera aguenta até o pais virando uma Venezuela para defender esse lixo
Gado sempre gosta de tá na mer**
Leonardo Holanda, é preciso garantir os fertilizantes russos para o pasto...É questão alimentar, não que gostem de estarem na merda...
Brasil e o resto dos emergentes, porque não fala dos países onde desvalorizou mais que o real?? Dão a entender que é só o real que desvalorizou.. que mídia podre, até às bolas europeias e asiáticas despencaram
pô César vá lá tire os governos do "resto dos emergentes". eu e 64% dos eleitores brasileiros queremos tirar o d0id0 do b0z0 *vulgo bolsonaro) é (.)
ué acabou fluxo pro Brasil? ou era fake. igual risco fiscal. politica. tudo desculpa da midia podee
Vc nao conhece o indicador Fluxo Cambial Estrangeiro?...tá minguando mesmo. Basta ver.
lembra do "erro" de 30 bilhões!? tá aí
Bem típico de jornalista vermelho, Brasil é um pária! Kkkk. Da-lhe bozo! Com este STF e estes críticos o cara vai acabar ganhando no 1. Turno.
Ah vai....q nem o Trump! kkkk
onde estão os analistas de ervas finas? Torcendo para acabar a precificação...Será?rsrsrs
ESSE ANO AINDA O CAMBIO BATE 4,00.NO BRASIL.
Nem fodendo...rs
que que é isso companheiro!? tu vive no mundo 🌎 da lua 🌙
enquanto isso, o jair começa a semana fazendo cavalgada, campanha política com dinheiro nosso. Deve ser pelo preço da gasolina que as motos foram substituídas, ou talvez os apoiadores são gado como dizem por ai
Materia esdrúxula manipuladora....o dolar acabou como moeda de referência no mundo depois dos trilhões imprimimos após a pandemia, e querem sustentar 600 bases militares ao redor do mundo com isso para manter sua hegemonia, criando guerras e vendendo armamento. Países como Arabia Saudita, China, Rússia, etc já estão negociando em moedas de outros países...acabou a mamata americana isso sim
Vc gostam de vender um terrorismo financeiro!e tem os sábios achando que é esquerda ou direita!poxa ,vai ver como estão as previsões de alta de juros nos principais B.C.!
Sobe e desce de moedas. Normalíssimo. Mas a Desinvesting fica tocando o terror. Bando de esquerdalhas.
PIB de 4,6 e 3 milhões de empregos criados, violência caiu e taxa de desemprego continua caindo. Jornalista contra liberdade de expressão não é jornalista.
Kkk quando sobe ai nao apontam ninhuem, esquerdalha podre.
O problema de Bozo e Lula, provavelmente também de Ciro, é o fato de terem um orda de militantes fanáticos que, apesar de verem toda incompetencia e roubalheira deles, insistem em defender e criar falsos heróis. Estas pessoas parecem idiotas ou são muito burras. O Temer, em dois anos fez muito mais do que Bozo e Lula juntos, era um grande corrupto e sua popularidade era pífia, mas o povo estava lá para cobrar, não para ficar idiotizado tentando defender o indenfensável.
Pela sua quandidade de dislike que esse tem dá pra ter uma idéia da hipocrisia e mentira que esse aí espalha. Só quem não conhece esse bombeiro da mangueira muxa
Hahahah. O comentário junta os fanáticos robôs de Lula Bozo para chorar....
Se somos os “fanáticos”, quem é esse espetáculo de pessoa chamada Mant Newmann? Seria alguém que crer está vendo para além de suas ilusões os nossos erros condicionados pelas nossas ilusões? Qual ilusão é a melhor?
Economia cresceu 4,6% em 2021, esquerdalhas sem argumentos.
4,6% comparado com 2020...é um crescimento ridículo perto dos 17% do Chile, por exemplo. Esse ano não vai crescer nada, pq a base de comparaçao será 2021. Governo fraco das ideia...
Comemorar 4,6% em cima do ano da pandemia é foda....kkkkk
inflacionado com aumentos explosivos de 60% 70% 100% 200% (aumento da ⛽ gasolina na p0**@ da "refinaria". a média da inflação I.P.C.A 11,30%aa esconde aumentos verdadeiros dos produtos e serviços
Bozo e sua quadrilha acabando com nossa economia.
A análise deveria ser focada na parte econômica, pois o dólar ganhou força devido à perspectiva de aumentos de juros americanos, onde o mercado prefere investir devido à segurança financeira. A política pouco influencia agora, pois essas farpas vem acontecendo desde 2019, pois muitos canhotos não se conformaram em perder a eleição de 2018 mesmo com os escândalos de corrupção da esquerdalha. Agora a preocupação dos canhotos é não perder novamente a eleição, pois as tetas secaram pra muitos, inclusive alguns pseudos-artistas, parte da mídia, políticos e empresários que estão indignados com o corte da amamentação!!!
exato, VIX nas alturas e vem estes dois seres (jornalistas é que não são) e vem escrever...acabou a ilusão...não a toa ninguém mais acredita na mídia. Ilusão é o Lula na frente das pesquisas.
Real só respirou por causa dos juros estratosféricos brasileiros. Mas no primeiro aviso de que os juros vão subir nos EUA a fraqueza do Brasil deu as caras novamente. Pra quem quer comparar a desvalorização do Real com outras moedas, aviso: o Real desvalorizou MUITO e bruscamente e vai continuar performando muito pior que outras moedas neste ciclo de aperto monetário dos EUA.
Para os lulistas que acreditam em pesquisa, vejam quantos curtem postagens contra e a favor do mito!!
Sim, os favelados estão todos aqui investindo!
Mercado não sabia das eleições até sexta? Ou foi depois da conversa da XP com o LULA?
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