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Real tem pior desempenho global com incerteza doméstica e exterior arisco

Publicado 18.06.2020, 17:09
Atualizado 18.06.2020, 17:35
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em forte alta ante o real nesta quinta-feira, terminando no maior patamar desde 1º de junho e não apenas revertendo a queda acumulada no mês como passando a subir, puxado pela combinação de exterior arisco e de noticiário local ainda inspirando cautela para o câmbio.

O dólar à vista subiu 2,10%, a 5,3715 reais na venda. É o maior patamar desde 1º de junho (5,3843 reais) e o sétimo pregão consecutivo de alta.

A volatilidade seguiu presente e intensa. Na máxima, a cotação saltou 2,44%, a 5,3893 reais, depois de chegar a cair 0,62%, a 5,2285 reais.

O dólar reverteu a queda de 1,49% em junho até a véspera e passou a subir 0,58%. Na semana, a moeda ganha 6,46%. No ano, o dólar dispara 33,86%, o que mantém com folga o real na lanterna entre as principais divisas globais.

A valorização do dólar no Brasil decorreu em boa parte da força da moeda no exterior, onde receios sobre uma segunda onda de Covid-19 em economias centrais conduziram investidores a ativos considerados seguros, como dólar, iene e títulos do Tesouro norte-americano.

Pares emergentes do real também mostraram firmes quedas. O peso mexicano cedia 2,1% no fim da tarde. Mas, de novo, a taxa de câmbio brasileira liderou as perdas globais, em meio a um fluxo de notícias do lado político que ainda dita cautela, um dia depois de o Banco Central sinalizar chance de novo corte da taxa básica de juros da economia, a Selic --que caiu na véspera a nova mínima recorde de 2,25% ao ano.

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A queda dos juros é citada como elemento que pressionou o câmbio nos últimos tempos, já que reduziu a taxa paga por títulos de renda fixa e colocou o Brasil em desvantagem em relação a outros emergentes com juros básicos mais elevados. Pesa sobre o real o fato de os retornos da renda fixa estarem em queda livre enquanto a percepção de risco segue elevada --contrariando a lei do mercado de quanto menor o retorno, menor o risco.

O risco-país medido pelo CDS de cinco anos subiu nesta sessão, enquanto a inclinação da curva de juros --outra medida de risco-- também mostrou alta, com expressivo ganho de prêmio nos contratos longos, estes mais associados ao cenário estrutural para a economia.

No noticiário político, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira em Atibaia, interior de São Paulo, pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado. O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou uma série de recados indiretos ao governo Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, ao dar o nono voto a favor da legalidade do inquérito das fake news. Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira, em vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que está deixando o Ministério da Educação e que irá assumir uma diretoria do Banco Mundial. A demissão de Weintraub vinha sendo negociada há algumas semanas, mas Bolsonaro não queria deixar o ministro, um de seus maiores defensores, sair sem ter um novo cargo.

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"Nossa avaliação (sobre mercado) sempre contempla a questão do risco político", disse Adriano Cantreva, sócio e responsável pela gestão de portfólios da Portofino Investimentos. "Pela falta de conhecimento total dos fatos, sempre existe uma nuvem que vai acabar afetando preços e deixando gestores mais desconfortáveis", acrescentou. Para ele, o patamar atual do real não parece fora do que seria um nível condizente com o atual combo de riscos. "Mas quando se pensa em crescimento (econômico), por exemplo, se houver frustração, o real poderá desvalorizar ainda mais."

O banco Crédit Agricole recomenda compra de dólar e mira a taxa de 5,650 reais, citando enfraquecimento do apetite por risco, consequências da pandemia, sinalização de mais afrouxamento monetário pelo Banco Central, maior tensão política em Brasília e incerteza sobre agenda de reformas.

"O real já havia perdido status de moeda de carry, mas o BC continuar cortando o juro obviamente não ajuda", disse o estrategista sênior para mercados emergentes Italo Lombardi. "É tanta incerteza no radar, incluindo fiscal, que você pode ver de novo o dólar sofrer um 'overshooting' para perto das máximas históricas", disse.

O recorde de fechamento nominal para o dólar foi alcançado no último dia 13 de maio (5,9012 reais). Ante essa cotação, a moeda acumulou queda de 17,73% ao bater a mínima recente de 8 de junho (4,855 reais), mas desde essa data disparou 10,64%, reduzindo as perdas frente ao pico histórico para 8,98%.

Últimos comentários

Os rentistas terão que trabalhar agora!
Ainda querem juros a 1,5%. Isso não é para País emergente, caiam na real, o câmbio vai explodir, ninguém vai investir aqui, nem os Brasileiros.
B3 continua subindo, manda outra Haters😂😂😂
Nao foi por conta da reducao da taxa de juros ?
Amanhã promete.
Dolar a 5,80 até o fim do mês
Amanhã a conversa será outra, como sempre.
sera q é por causa do corte da taxa selic?
Com toda certeza do mundo
Volta pra menos de 5 ainda este mes. Os caras estao analisando o ontem.
Tentando achar as pessoas que me criticaram quando, na sexta feira passada, falei que o dólar ia chegar a R$5,40 até sexta feira. Passei todas as médias e informações técnicas a respeito disso. Em resumo, cadê os especialistas que zombaram.kkkkk.
Parabéns pelo comentário, um pouco de lucidez e vida inteligente não faz mal a ninguém, pelo contrário. De fato acompanhando vários sites e plataformas vemos que são absurdamente tendenciosos, lendo se sabe se estão comprados ou vendidos. Deveriam ser mais honestos com o público leitor.
Me espanta o site não fazer menções positivas aos juros de 2,25% no ano e a esperança que o Brasil dará certo. Finalmente as pessoas terão que trabalhar ou empreender para ganhar dinheiro. Acabou a moleza do passado que te permitiria ficar em casa, não assumir riscos ou gerar qualquer riqueza para o país e ganhar mais de 13% ao ano - média do CDI desde o ínicio do plano real. O dinheiro irá circular, os empreendedores renascerão (infelizmente muitos quebraram), os empregos retornarão e formaremos o país que tanto sonhamos.  Todos devemos sonhar grande mas saber que devemos começar pequeno.  Será que esse pensamento não é o ideal para crescermos juntos? A redação aqui me soa, me parece, um pouco hipócrita, com viés político, interesses próprios, entre outros aspectos que não agregam ao investidor e ao país.  Bom, dito isto, espero que todos façam bons negócios e tenham "um excelente amanhã". Abraços.
Penso assim também!!
podem indicar bons sites de notícias economias, além de infomoney, investing e capital advisor?
sacanagem com titulo de noticia fakenews em  (sobre o pelé) ... VOCES DEVIAM TOMAR VERGONHA NA CARA EM PERMITIR LINKS COMO ESSE
sacanagem com titulo de noticia fakenews em  (sobre o pelé) ... VOCES DEVIAM TOMAR VERGONHA NA CARA EM PERMITIR LINKS COMO ESSE
Não estou dizendo que o redator tem problemas? Só existem cenários caóticos e catastróficos. Amigo, todos esperam uma alta do dólar, o real sempre foi fraco e com o juros reduzido, não condições de segurar. Estou esperando a próxima notícia de segunda onda, terceira onda, tsunami, com 50 pessoas que talvez estejam infectadas em pequim após 4 meses! É brincadeira em.
não há condições de segurar*
Legal, atualizaram a matéria indicando o FATOR selic. Atualizado em 1 minuto atrás (18.06.2020 17:35)
Parece que os sites de mercado estão falando cada vez menos de mercado, o viés ideológico deles aflora nos textos.
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