SÃO PAULO (Reuters) - A maior fabricante de papéis para embalagens do Brasil, Klabin, espera um crescimento de resultados no segundo trimestre sobre o desempenho dos três primeiros meses do ano, com base em aumento de capacidade produtiva direcionado a exportações.
Apesar do ambiente brasileiro de fraqueza na demanda no primeiro trimestre, que está se mantendo, a companhia não está revendo sua política de preços, disse o presidente, Fabio Schvartsman, em teleconferência com analistas.
Segundo Schvartsman, a Klabin deve elevar sua capacidade de produção de papel este ano em 200 mil toneladas e boa parte desse volume deverá ser direcionado a exportações.
A Klabin teve prejuízo líquido de 725 milhões de reais no primeiro trimestre, ante resultado positivo obtido um ano antes, em meio a elevados investimentos em sua primeira fábrica de celulose, que devem somar 3,4 bilhões de reais em 2015.
As units da empresa recuavam 1,16 por cento às 12h07, enquanto o Ibovespa tinha recuo de 0,4 por cento.
"O mercado interno não esta piorando sobre o primeiro trimestre, mas também não tem mostrado sinais de melhora (...). A Klabin tem maior relação com o setor de alimentos, que é notoriamente mais resiliente que os demais", disse Schvartsman, acrescentando que "não temos notado ainda pressão de preços. Estamos operando normalmente, sem termos que abrir mão de nada".
(Por Alberto Alerigi Jr.)