Por Stephanie Nebehay e Tom Miles
GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou nesta terça-feira mulheres grávidas a não viajar para áreas com surtos de Zika vírus por conta do possível risco de defeitos congênitos.
A organização informou que transmissão sexual é "relativamente comum" e que os serviços de saúde em áreas afetadas devem estar prontos para possíveis aumentos na incidência de síndromes neurológicas, como a microcefalia e má-formação congênita.
"Mulheres grávidas cujos parceiros sexuais moram ou viajam para áreas com surtos de Zika devem garantir práticas sexuais seguras ou se abster de sexo pela duração da gravidez", informou a OMS em comunicado, baseado em conselhos do Comitê de Emergência de especialistas independentes.
Anteriormente a agência de saúde da Organização das Nações Unidas aconselhou mulheres a considerar o adiamento de viagens que não sejam essenciais para áreas com transmissão do vírus, que está se espalhando pelo Brasil e América Latina.
A ligação entre o Zika e bebês com microcefalia, assim como síndrome de Guillain-Barré, que pode causar paralisia, não foi comprovada cientificamente, mas estudos apontam para esta direção, informou a OMS.
"Claramente a infecção por Zika durante a gravidez irá produzir resultados bem ruins", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, durante entrevista coletiva. "É importante recomendarmos medidas de saúde pública fortes e não esperar até que tenhamos provas definitivas".
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 552122237141))REUTERS CS RBS