Investing.com – Com expectativa de mudanças na política monetária, o banco UBS sugere permanecer com posicionamento neutro na moeda brasileira, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta segunda-feira, 16.
O estrategista do UBS Roque Montero entende que o “real está barato, posicionamento é leve e carry melhorou”, mas pondera que os riscos fiscais continuam afetando a moeda. O estrategista, assim, prefere favorecer taxas locais.
A recente fraqueza dos ativos de risco brasileiras ocorre diante de mudanças nas perspectivas de risco fiscal a médio prazo. Além disso, a força do mercado de trabalho e outros indicadores macroeconômicos que sugerem uma demanda robusta, como vendas no varejo, seguem como pressões apontadas pelos analistas, ainda que o UBS estime que a inflação fique abaixo do previsto pelo consenso nos próximos dois anos.
O UBS espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumente a taxa de juros Selic em 100 pontos base este ano. O cenário base é de que os cortes iniciem no final do primeiro trimestre do ano que vem.
“A menos que a perspectiva fiscal se deteriore acentuadamente, a nossa perspectiva de inflação implica uma taxa Selic bem abaixo do consenso e das expectativas dos mercados até o final de 2025”, detalha o estrategista.