Por Steve Holland e Michael Martina
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversará na sexta-feira com o líder chinês, Xi Jinping, disse a Casa Branca nesta quinta-feira, conforme os EUA pressionam a China a não fornecer apoio à Rússia em sua invasão da Ucrânia.
"Os dois líderes vão discutir o gerenciamento da competição entre nossos dois países, bem como a guerra da Rússia contra a Ucrânia e outras questões de interesse mútuo", como parte de um esforço contínuo para manter as linhas de comunicação abertas, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
A conversa vai ocorrer depois que o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, manteve sete horas de conversas em Roma com o diplomata chinês Yang Jiechi na segunda-feira, alertando Pequim para não apoiar o presidente russo, Vladimir Putin, em sua invasão da Ucrânia. Questionado sobre qual lado solicitou a ligação, um funcionário do governo disse que foi mutuamente acordado em Roma.
Autoridades dos EUA descreveram essas conversas como "duras" e ainda estão debatendo como reagir se Xi der apoio militar ou econômico a Putin.
A invasão da Ucrânia por Putin, que está em sua quarta semana, matou centenas de civis, reduziu cidades a escombros e provocou uma crise humanitária conforme milhões fogem do país.
O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, disse esta semana que o país conta com a China para ajudá-lo a resistir ao golpe das sanções econômicas ocidentais.
Autoridades dos Estados Unidos e de outros países tentaram enfatizar nas últimas semanas que ficar do lado da Rússia pode trazer consequências para os fluxos comerciais e o desenvolvimento de novas tecnologias e pode expor a China a sanções secundárias.
"Acho que a mensagem para os chineses agora é basicamente que há uma variedade de futuros para o relacionamento. Alguns muito sombrios, outros mais moderados", disse Evan Medeiros, especialista em Ásia do governo Obama com laços estreitos com o governo Biden, que agora leciona na Universidade de Georgetown, durante um webinar na quinta-feira.
(Reportagem adicional de Michael Martina e David Brunnstrom)