Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá à Flórida neste sábado para avaliar os danos causados pelo furacão Idalia e confortar pessoas afetadas pela tempestade, mas não se reunirá com Ron DeSantis, governador republicano do Estado e possível rival na eleição presidencial do ano que vem.
Biden, um democrata, disse a repórteres na sexta-feira que veria o governador durante a viagem, mas o porta-voz de DeSantis, Jeremy Redfern, disse posteriormente que nenhuma reunião estava planejada e que "apenas as preparações de segurança necessárias para organizar uma reunião como essa já acabariam com as operações de recuperação em andamento".
DeSantis, 44, concorre à indicação republicana para a eleição presidencial de 2024 para tirar Biden da Casa Branca, mas está atrás do ex-presidente Donald Trump nas pesquisas de opinião. Biden, 80, concorrerá à reeleição.
Biden e DeSantis conversaram regularmente nesta semana sobre a tempestade, que atingiu a região Big Bend da Flórida com ventos categoria 3 de quase 200 km/h. Na quarta-feira, o presidente disse que política não entrou nas conversas. "Acho que ele confia no meu julgamento e no meu desejo de ajudar", disse Biden.
A Casa Branca afirmou que Biden, que viajará com sua esposa, Jill, informou DeSantis sobre a visita durante a conversa na quinta-feira e o governador não levantou nenhuma preocupação.
DeSantis tem sido um forte crítico de Biden. Os dois entraram em conflito por vacinas contra a Covid-19, aborto e direitos LGBT. Mas se reuniram ano passado quando Biden foi à Flórida avaliar a devastação do Furacão Ian, e Biden afirmou na época que haviam trabalhado "de mãos dadas".
(Reportagem de Jeff Mason em Washington)