Por Gabriel Crossley e Yew Lun Tian
PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos terão que "pagar um preço" por seu boicote diplomático à Olimpíada de Inverno de Pequim, disse a China nesta terça-feira, poucas semanas depois de conversas que buscavam amenizar as relações tensas entre os dois países.
Na segunda-feira, a Casa Branca disse que autoridades do governo dos EUA boicotarão a Olimpíada de Inverno por causa das "atrocidades" de direitos humanos da China, embora os atletas norte-americanos estejam livres para viajar ao país para competir.
O boicote dos EUA, incentivado por alguns congressistas e grupos de defesa de direitos humanos, vem apesar de um esforço para estabilizar os laços. No mês passado, o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, realizaram uma videoconferência.
A China se opõe ao boicote e adotará "contramedidas resolutas", disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, em um briefing de rotina em Pequim nesta terça-feira.
"Os Estados Unidos pagarão um preço por seus atos equivocados", disse ele, sem dar detalhes. "Vamos todos esperar para ver."
Os EUA devem sediar a Olimpíada de Verão de 2028 em Los Angeles e preparam uma proposta para sediarem a Olimpíada de Inverno de 2030 em Salt Lake City.
Indagado se a China cogitaria um boicote diplomático a uma Olimpíada nos EUA, Zhao disse que o boicote norte-americano "abalou a fundação e a atmosfera" dos intercâmbios e da cooperação esportivas para os Jogos, o que ele comparou a "erguer uma pedra para esmagar o próprio pé".