(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que o governo federal fará "o que for necessário" para o Brasil sediar a Copa do Mundo feminina em 2027, durante sua primeira aparição pública após o adiamento na semana passada de uma viagem à China por um diagnóstico de pneumonia leve.
"O governo... estará a disposição da CBF para fazer o que for necessário para que a gente consiga trazer em 2027 a Copa do Mundo Feminina para o Brasil", disse Lula em evento de apresentação da taça do Mundial feminino, junto da ministra do Esporte, Ana Moser, e do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, no Palácio do Alvorada.
Lula afirmou que o país tem vantagens na disputa pela sede da competição, pois conta com os estádios e a infraestrutura urbana construídos para quando sediou a Copa do Mundo masculina em 2014.
"Será um evento motivador da construção de uma consciência política junto ao povo brasileiro para que entenda a participação da mulher efetivamente em todos os cantos que ela puder participar", acrescentou Lula.
Na ocasião, o presidente também assinou decreto que estabelece um plano estratégico nacional para a difusão e desenvolvimento do futebol feminino.
"Não existe outro caminho para a humanidade se não a gente ser tratado como iguais, não fazendo a discriminação que é feita hoje junto às mulheres em muitas atividades, inclusive no esporte", afirmou Lula.
Lula ainda disse que deseja transformar o Brasil em uma potência olímpica e estendeu um convite para as jogadoras da seleção brasileira de futebol visitá-lo em breve.
"O Brasil tem tamanho, grandeza e gente que pode se preparar para o Brasil se transformar em uma potência olímpica. É só preciso a gente levar a sério."
O evento foi a primeira aparição pública do presidente desde o adiamento de uma viagem à China na semana passada. Lula foi diagnosticado com uma pneumonia leve e adiou a visita ao país asiático por recomendação médica.
Desde então, ele tem trabalhado em sua residência, no Palácio do Alvorada, e realizado reuniões com ministros do governo no local.
(Por Fernando Cardoso)