Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - Em sua reestréia como presidente em fóruns internacionais, Luiz Inácio Lula da Silva já tem marcados encontros bilaterais com os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, de acordo com duas fontes que acompanham a agenda.
Os dois países latino-americanos foram alijados das relações brasileiras durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, mas é uma das determinações de Lula reconstruir as relações internacionais, em especial com os países da região.
Uma das primeiras ações do atual governo foi restabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela, cortadas no governo anterior, e ordenar a reabertura da embaixada em Caracas.
Com Cuba Bolsonaro não foi tão longe, mas na prática rompeu as relações com a ilha. A presença de Cuba --e da Venezuela-- foi uma das razões para o Brasil deixar a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), cujo retorno Lula assinou na primeira semana de governo.
Também foi sob o governo Bolsonaro que, pela primeira vez, o Brasil não votou, nas Nações Unidas, contra o embargo norte-americano à ilha.
O retorno à Celac é parte do roteiro da primeira viagem internacional de Lula em seu terceiro mandato, que inclui uma visita oficial ao governo argentino.
A lista de encontros bilaterais ainda não está fechada --o presidente teve quase duas dezenas de encontros no dia seguinte a sua posse-- mas inclui também o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), QU Dongyu.