CASABLANCA (Reuters) - A seleção de Marrocos demitiu seu técnico de futebol, Vahid Halilhodzic, apenas três meses antes de o país disputar a Copa do Mundo no Catar.
O anúncio da federação marroquina de futebol nesta quinta-feira encerra meses de especulação sobre o destino do técnico franco-bósnio, que agora possui a façanha de ser demitido três vezes por seleções após se classificar para a Copa do Mundo.
"Dadas as diferenças e visões divergentes entre a Federação Real Marroquina de Futebol e o técnico Vahid Halilhodzic sobre a melhor maneira de preparar a seleção nacional de futebol para a Copa do Mundo do Catar 2022, as duas partes decidiram se separar", disse a federação em comunicado.
A possível saída de Halilhodzic foi motivo de muita especulação desde a exibição fraca do Marrocos na final da Copa das Nações Africanas em janeiro e, em particular, sua briga com o meio-campista Hakim Ziyech.
No ano passado, Halilhodzic, de 69 anos, acusou o jogador do Chelsea de fingir lesão para não disputar amistosos no meio do ano e o deixou de fora das eliminatórias da Copa do Mundo e da Copa das Nações.
Mas o presidente da federação, Fouzi Lekjaa, vinha pressionando pelo retorno do meio-campista nascido na Holanda em meio a protestos públicos.
O jeito brusco de Halilhodzic foi citado como a razão de sua saída da seleção japonesa depois que ele classificou a equipe para a última Copa do Mundo na Rússia. Ele foi demitido apenas dois meses antes da competição de 2018.
Halilhodzic, que jogou pela Iugoslávia na Copa do Mundo de 1982 e depois foi um atacante de sucesso na França, também foi dispensado pela Costa do Marfim antes do Mundial de 2010 na África do Sul e substituído por Sven Goran Eriksson.
Ele levou a Argélia para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, onde chegou perto de uma vitória surpreendente sobre a Alemanha nas oitavas de final.
(Por Mark Gleeson na Cidade do Cabo)