(Reuters) - Szymon Marciniak cumprirá sua função como árbitro da final da Liga dos Campeões depois que o polonês se desculpou por participar de um evento associado a um movimento de extrema direita, informou a Uefa nesta sexta-feira.
A Uefa estava investigando a presença dele em um evento organizado em Katowice na segunda-feira, dizendo que "abomina os valores promovidos pelo grupo", mas o manteve como árbitro após um pedido de desculpas e esclarecimento de um órgão antidiscriminação.
"Quero expressar minhas mais profundas desculpas por meu envolvimento e qualquer tormento ou dano que possa ter causado", disse Marciniak em um comunicado.
"Após reflexão e investigação mais aprofundada, tornou-se evidente que fui gravemente enganado e estava completamente inconsciente da verdadeira natureza e afiliações do evento em questão."
"Eu não sabia que estava associado a um movimento polonês de extrema direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite", completou.
Marciniak, de 42 anos, é um dos principais árbitros da Europa e também apitou a final da Copa do Mundo no Catar, quando a Argentina venceu a França.
Durante a investigação, a Uefa disse que entrou em contato com a 'Neveragain', uma ONG afiliada à rede Fare, que combate a discriminação no futebol europeu.
"(Eles) levantaram as preocupações iniciais sobre o envolvimento de Marciniak no evento", declarou a Uefa.
"Eles pediram que o senhor Marciniak permanecesse na função de árbitro da próxima final da Uefa Champions League, afirmando firmemente que removê-lo prejudicaria a promoção da antidiscriminação."
O Manchester City enfrenta a Inter de Milão na final da Liga dos Campeões no Estádio Olímpico Ataturk, em Istambul, no dia 10 de junho.
(Reportagem de Rohith Nair em Bengaluru)