Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - O partido do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contestou nesta terça-feira a legalidade de uma tentativa de um rival de direita de liderar um novo governo, mas a iniciativa de última hora de preservar a liderança foi rejeitada pelo presidente, Reuven Rivlin.
Naftali Bennett, ex-ministro da Defesa de Netanyahu, anunciou no domingo que se juntará a uma aliança proposta com o líder de centro da oposição, Yair Lapid, assumindo primeiramente como premiê em um acordo de rodízio.
Eles têm até a meia-noite de quarta-feira para apresentar um pacto final a Rivlin, que encarregou Lapid de formar um novo governo porque Netanyahu foi incapaz de fazê-lo na esteira da eleição acirrada de 23 de março.
Em uma carta aos conselheiros legais da presidência e do Parlamento, o Likud, partido conservador de Netanyahu, disse que Lapid não está autorizado a ceder o cargo de premiê a Bennett.
Mas o escritório de Rivlin respondeu que não existe mérito legal na afirmação do Likud porque Lapid tomaria posse como "primeiro-ministro alternado", o segundo a assumir a função no esquema de rodízio.
O escritório aceitou o argumento do Likud de que Lapid precisa fornecer aos presidente todos os detalhes do novo governo, e não somente anunciar que firmou um acordo de coalizão.
A divisão de poder Lapid-Bennett poderia incluir outros políticos de direita, além de siglas liberais e de centro-esquerda. A mídia israelense especula que ela também poderia cortejar apoio parlamentar de um partido que atraia votos da minoria árabe de Israel.