SÃO PAULO (Reuters) - A mais jovem medalhista olímpica do Brasil, Rayssa Leal, chegou ao país nesta quarta-feira e preferiu cancelar uma recepção com fãs em sua cidade natal, Imperatriz, no Maranhão, para evitar aglomerações durante a pandemia de Covid-19, e disse que os próximos dias serão dedicados à família.
A skatista de 13 anos encantou o país ao conquistar a medalha de prata nos Jogos de Tóquio na categoria street.
"Mesmo que eu não tenha conseguido parar e falar com todo mundo, e fazer a festa que eu gostaria, agradeço todo carinho de vocês. Agora vou curtir muito minha família", disse ela em suas redes sociais.
"Se eu sumir um pouco, é porque tô curtindo o meu maninho", acrescentou a skatista, que foi recebida pelo irmão mais novo assim que desceu do avião.
Rayssa terá de lidar também com a questão envolvendo o registro de seu apelido "Fadinha" por uma advogada, Flavia Penido, que ela não conhecia e que disse estar preocupada que empresários pudessem tirar vantagem da atleta.
Penido acompanhou a atuação da skatista nos Jogos e logo depois consultou as autoridades nacionais de marcas para saber se alguém havia registrado o nome "Fadinha" para roupas ou equipamentos de skate.
Quando nada apareceu, ela tomou as medidas para registrar a marca "Fadinha" em nome da menina.
“Em alguns momentos você tem que tomar atitude rápido”, disse a advogada no Twitter. "O interesse, obviamente, não é econômico, mas sim preservar eventuais direitos da Rayssa e também mostrar a importância de marketing e jurídico trabalharem sempre juntos".
Flavia Penido disse que vai ceder os direitos à atleta. A família de Rayssa Leal não respondeu imediatamente aos e-mails solicitando comentários.
(Reportagem de Andrew Downie)