(Reuters) - O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na quinta-feira para tornar réus mais 200 suspeitos de envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, com seis dos dez ministros que estão atualmente na corte aceitando as denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República.
Até o momento, votaram para acompanhar o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que aceitou as denúncias da PGR, e os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, segundo o acompanhamento do plenário virtual da corte.
Ainda faltam votar os ministros Gilmar Mendes, André Mendonça, Nunes Marques e a presidente da corte, Rosa Weber. O Supremo é composto por 11 ministros, mas atualmente conta com apenas dez magistrados devido à recente aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, que ainda não teve um substituto indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Supremo já havia decidido tornar réus outros 100 suspeitos de envolvimento nos ataques de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do STF e do Congresso Nacional. Na ocasião, oito ministros votaram pelo recebimento da denúncia enquanto Nunes Marques e Mendonça, indicados por Bolsonaro, divergiram parcialmente de Moraes.
A atual análise das denúncias deste segundo bloco, composto por 200 acusados, terminará na terça-feira da próxima semana no plenário da corte e, na quarta, os ministros começarão a analisar um terceiro bloco de denúncias, composto por 250 acusados, em um julgamento que irá até 8 de maio.
(Por Eduardo Simões)