PARIS (Reuters) - Christophe Galtier negou ter feito comentários racistas durante seu período como técnico do Nice, enquanto uma investigação preliminar sobre discriminação com base em raça ou religião foi lançada pela promotoria de Nice nesta sexta-feira.
A denúncia foi feita em e-mails de Julien Fournier, ex-diretor de futebol do Nice. Galtier, agora técnico do Paris Saint-Germain, comandou o Nice durante a temporada 2021-2022.
"Há uma investigação preliminar sobre discriminação com base em alegada raça ou religião. A sede do OGC Nice está sendo revistada", disse o promotor de Nice Xavier Bonhomme nesta sexta-feira.
De acordo com o site RMC Sport, os e-mails de Fournier alegavam que Galtier reclamava de "ter muitos jogadores negros e muçulmanos" no time do Nice.
"Decidi entrar com uma ação legal contra aqueles que violaram minha honra e só posso ficar satisfeito com a abertura de uma investigação", disse Galtier em entrevista coletiva antes do confronto de sábado contra o segundo colocado RC Lens no Parque dos Príncipes.
"Como muitos de vocês, fiquei chocado com os comentários que foram atribuídos a mim e que foram transmitidos de maneira irresponsável", acrescentou Galtier.
"Sou filho dos conjuntos habitacionais HLM, criado na diversidade, criado para respeitar os outros, independentemente de sua origem, cor ou religião."
O PSG disse que apoia seu treinador. "O PSG apoia Christophe Galtier e deseja que o sistema judicial esclareça a verdade sobre as graves acusações contra nosso técnico", afirmou o PSG em comunicado.
Fournier disse nesta semana que estava consternado com o momento da revelação, embora não tenha negado ter feito a alegação.
(Reportagem de Julien Pretot)