Por Rory Carroll
LOS ANGELES (Reuters) - O ex-campeão dos pesos pesados Mike Tyson pediu a Tyson Fury que não pendure as luvas, em meio a rumores de que ele pode abandonar o esporte após sua vitória emocionante contra Deontay Wilder neste mês.
Fury venceu Wilder com um violento nocaute no 11º round para encerrar o combate em Las Vegas e permanecer invicto no WBC e como campeão linear dos pesos pesados.
Na preparação para a luta, o britânico de 33 anos sugeriu que poderia sair do esporte feliz, e outros disseram que o "Rei Cigano" não tem mais nada a provar depois de derrotar Wladimir Klitschko em 2015 e Wilder duas vezes.
Tyson, que inspirou o nome de Fury, disse que espera que não seja o caso, depois do que ele chamou de uma luta "muito empolgante".
"Continue ganhando, irmão, continue ganhando", disse Tyson ao promover sua nova empresa de cannabis comercial, a Tyson 2.0.
"Ele é o campeão linear. Ele é o homem que venceu o homem. Ele é o boxe peso pesado, ponto final. Ele é, ninguém mais."
Não está claro com quem Fury lutará a seguir, embora muitos esperem que ele consiga uma chance contra o ucraniano Oleksandr Usyk, que surpreendeu Anthony Joshua em setembro para levar os cinturões WBA, IBF, WBO e IBO.
O vencedor dessa luta se tornaria o primeiro campeão indiscutível dos pesos pesados desde Lennox Lewis, 21 anos atrás.
Tyson afirmou que Fury (31-0-1) já é o melhor peso pesado aos olhos dos fãs de luta.
"Pergunte a qualquer um, exceto Usyk, quem é o campeão dos pesos pesados? E até Usyk pode dizer que é Fury", disse Tyson.
Fury sofreu com abuso de substâncias, ganho de peso e colapsos de saúde mental que o levaram à beira do suicídio depois que ele superou Klitschko para ficar com os cinturões IBF, WBA e WBO.
Ele perdeu esses títulos quando não foi capaz de defendê-los, mas derrotou seus demônios e ressurgiu como um lutador ainda mais temível e também um defensor apaixonado da consciência da saúde mental.