Por Nidal al-Mughrabi e Jeffrey Heller
GAZA (Reuters) - Ações diplomáticas visando um cessar-fogo no conflito entre israelenses e palestinos se intensificaram nesta quinta-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu uma redução das tensões, mas Israel continua bombardeando Gaza e os disparos de foguetes do Hamas foram retomados após uma pausa.
Uma autoridade de alto escalão do grupo militante Hamas previu um cessar-fogo em alguns dias. Um ministro israelense disse que seu país só interromperá a ofensiva quando tiver alcançado seus objetivos.
Os ataques de foguetes contra Israel pararam durante oito horas nesta quinta-feira, o 11º dia das hostilidades, mas foram retomados contra comunidades próximas da fronteira entre Israel e Gaza.
Israel mantém os ataques aéreos contra Gaza, comandada pelo Hamas, dizendo que busca dissuadir o grupo islâmico de novos confrontos depois que o atual se encerrar.
Desde o início dos combates, em 10 de maio, autoridades médicas de Gaza disseram que 228 palestinos foram mortos pelos bombardeios aéreos, que pioraram uma situação humanitária já severa.
Autoridades israelenses estimam em 12 o número de mortos até o momento em Israel, onde ataques de foguetes recorrentes causam pânico e fazem as pessoas fugirem para abrigos.
Na quarta-feira, Biden incitou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a buscar uma "contenção". Uma fonte de segurança egípcia disse que os lados concordaram em princípio como um cessar-fogo, mas que os detalhes ainda têm que ser trabalhados.
Moussa Abu Marzouk, uma autoridade política do Hamas, disse acreditar que os esforços para se chegar a uma trégua terão sucesso.
"Acredito que se chegará a um cessar-fogo dentro de um dia ou dois, e o cessar-fogo será baseado em um entendimento mútuo".
(Reportagem adicional de Jeffrey Heller e Ari Rabinovitch em Jerusalém e Aidan Lewis em Cairo)