Por Nandita Bose
WASHINGTON (Reuters) - Uma enxurrada de projetos de lei estaduais recentes tendo como alvos crianças LGBTQ e cuidados de afirmação de gênero para jovens estabelece um precedente perigoso, disse a Casa Branca nesta quinta-feira, ao encorajar protestos.
"Estamos muito orgulhosos das crianças em todo o país que organizaram protestos e greves escolares para dizer aos políticos de seus estados que parem com esse bullying legislativo", disse Karine Jean-Pierre, a primeira secretária de imprensa abertamente gay da Casa Branca nesta quinta-feira.
"Eu sei que essas táticas políticas podem realmente prejudicar a saúde mental das pessoas. Então, quero dizer diretamente às crianças LGBTQI+: vocês são amados do jeito que são, do jeito que são."
Parlamentares conservadores lideraram uma onda de ações em todo o país para restringir os direitos LGBTQI+. As medidas incluem a proibição de discussões sobre identidade de gênero nas escolas, repressão a shows de drag e a proibição da participação de pessoas transgêneros em esportes.
A Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou nesta quinta-feira a permitir que o Estado da Virgínia Ocidental aplicasse uma lei estadual que proíbe atletas transgêneros de equipes esportivas femininas em escolas públicas.
Os parlamentares republicanos em Kentucky anularam o veto do governador na semana passada, que vedava o acesso de jovens transgêneros a cuidados de saúde com afirmação de gênero e restringia os banheiros eles poderiam usar em escolas públicas.
O governador de Indiana assinou nesta semana um projeto de lei que proíbe todos os cuidados de afirmação de gênero para menores, juntando-se a cerca de uma dúzia de outros Estados que aprovaram leis semelhantes.
"Este é um ataque perigoso aos direitos dos pais de tomar as melhores decisões de saúde para seus próprios filhos", disse Jean-Pierre sobre o projeto de lei de Indiana e outros semelhantes.
(Reportagem de Nandita Bose)