(Reuters) - Wimbledon suspendeu veto a jogadores russos e bielorrussos nesta sexta-feira e permitirá que eles disputem o Grand Slam de grama este ano como atletas "neutros", em um recuo em relação à postura que assumiu após a invasão de Moscou à Ucrânia em 2022.
Os jogadores serão proibidos de expressar apoio à invasão e não devem receber financiamento dos Estados russo ou bielorrusso, disse o All England Lawn Tennis Club (AELTC) em um comunicado.
"Continuamos condenando totalmente a invasão ilegal pela Rússia e nosso apoio sincero permanece com o povo da Ucrânia", disse o presidente do AELTC, Ian Hewitt.
"É nossa opinião que, considerando todos os fatores, estes são os arranjos mais apropriados para o campeonato deste ano."
Wimbledon havia dito no ano passado que barrar jogadores dos dois países era sua única opção viável sob a orientação fornecida pelo governo britânico após a invasão, a qual Moscou chama de operação militar especial.
No entanto, o torneio disse que as condições deste ano foram desenvolvidas por meio do diálogo com o governo, cujas diretrizes sobre a participação de atletas russos e bielorrussos foram emitidas antes do torneio do ano passado, em março de 2022.
Wimbledon não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar o assunto.
Devido à proibição do ano passado, Wimbledon teve seus pontos de classificação do ranking dos tenistas retirados. Os circuitos WTA feminino e ATP masculino também impuseram multas pesadas ao torneio e ao AELTC.
(Reportagem de Rohith Nair e Shrivathsa Sridhar em Bengaluru)