Por Shrivathsa Sridhar
(Reuters) - A Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês) retomará as operações na China este ano, disse a entidade nesta quinta-feira, citando o "preço extraordinário" pago pelas jogadoras como motivo para reverter uma decisão tomada devido a preocupações com a segurança da ex-número um das duplas Peng Shuai.
A WTA recebeu muitos elogios por suspender seus torneios no país depois que Peng disse em uma rede social em 2021 agora excluída que uma ex-autoridade do governo chinês a agrediu sexualmente.
Peng então desapareceu brevemente da vista do público e mais tarde negou ter feito a acusação, gerando temores por sua segurança.
"Depois de 16 meses de competições de tênis suspensas na China e esforços contínuos para atender aos nossos pedidos originais, a situação não mostra sinais de mudança", disse o órgão regulador do tênis feminino em um comunicado.
"Concluímos que nunca iremos garantir totalmente esses objetivos e seriam nossas jogadoras e torneios que pagariam um preço extraordinário por seus sacrifícios."
"Por essas razões, a WTA está retirando a suspensão da operação de torneios na República Popular da China e retomará os torneios na China em setembro."
A decisão da WTA, que sofreu perdas de oito dígitos em 2020 e 2021, mas não tanto no ano passado, ocorre quando o tênis masculino também se prepara para retornar à China no final de 2023, após uma pausa devido à Covid-19.
"Não conseguimos alcançar tudo o que planejamos, mas mantivemos contato com pessoas próximas a Peng e temos certeza de que ela está vivendo em segurança com sua família em Pequim", disse a WTA.
"Também recebemos garantias de que os jogadores e funcionários da WTA que operam na China estarão seguros e protegidos enquanto estiverem no país. A WTA leva esse compromisso a sério e responsabilizará todas as partes."
(Por Shrivathsa Sridhar em Bengaluru)