Investing.com - A atividade empresarial do setor privado dos EUA perdeu força em março, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quinta-feira.
Em um relatório, o grupo de pesquisas IHS Markit afirmou que o índice composto de atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês), que abrange tanto o setor industrial quanto o setor de serviços, caiu para 54,3 em março a partir da leitura prévia de 55,8.
Nos índices, uma leitura acima de 50,0 indica expansão; abaixo disso, indica contração.
Por setores, o grupo de pesquisa afirmou que seu PMI do setor de serviços caiu para 54,1 em março a partir da leitura do mês anterior de 55,9.
Analistas esperavam que a leitura chegasse a 56,1.
O setor de serviços representa aproximadamente 80% da economia dos EUA, o que torna os dados importantes para interpretar o crescimento.
Além disso, o IHS Markit também afirmou que o PMI da atividade industrial subiu para 55,7 em março a partir da leitura de 55,3 no mês anterior.
Economistas estimavam que o índice subiria para 56,0.
Apesar do enfraquecimento de forma geral na atividade empresarial, o IHS Markit considerou que os dados representaram outro forte aumento na produção do setor privado, em conjunto com um ganho mais sólido na folha de pagamento e pressões elevadas de preços.
"Os estudos de PMI indicam que a economia provavelmente continuou a se expandir em ritmo consistente em março, fechando o trimestre de abertura do ano de forma sólida", afirmou Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit no relatório. Este especialista afirmou que os dados apontam para um crescimento de 2,5% no PIB do primeiro trimestre.
Williamson ainda observou que o índice de emprego atingiu a máxima de quase três anos em conjunto com outro forte aumento na folha de pagamento.
"A melhoria na tendência de contratações reflete o otimismo a respeito do crescimento futuro", comentou ele.
"As expectativas das empresas em termos de produção neste ano permaneceram elevadas, encolhendo um pouco no setor de serviços, mas chegando à máxima de três anos na manufatura", explicou este economista.
Williamson também observou que as pressões inflacionárias estavam subindo, com a média de preços cobrados por bens e serviços atingindo suas melhores taxas desde 2014.
"Além disso, com custos de fábrica apresentando o maior salto em sete anos devido à crescente escassez de insumos essenciais, pressões inflacionárias parecem estar aumentando", concluiu Williamson.