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Bradesco Corretora vê Ibovespa em 90 mil pontos no fim de 2018; confirma as melhor

Publicado 02.01.2018, 15:39
Atualizado 02.01.2018, 15:39
© Reuters.  Bradesco Corretora vê Ibovespa em 90 mil pontos no fim de 2018; confirma as melhores empresas

Arena do Pavini - Os analistas da Bradesco (SA:BBDC4) Corretora estão muito otimistas com a bolsa neste ano de 2018. Em relatório enviado aos clientes, a corretora do segundo maior banco privado do país diz que espera que o Índice Bovespa atinja 90 mil pontos em dezembro, o que implica em um potencial de valorização superior a 20% em relação aos 76 mil pontos atuais. “Chegamos neste número atribuindo 80% de chances do cenário de ajuste fiscal ter continuidade após as eleições (o que poderia levar o Ibovespa aos 100.000 pontos) e 20% do ajuste fiscal ser interrompido (neste caso, o Ibovespa poderia ir para os 50.000)”, diz a corretora.

Segundo os analistas, o valor das ações também parece atrativo para o investidor, pois o principal índice da bolsa brasileira está refletindo em seus preços um crescimento de lucros até meados de 2019, enquanto a Bradesco Corretora espera que o atual ciclo de crescimento tenha duração de cinco anos.

PIB e lucros

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país) e a recuperação dos lucros das empresas ainda são os principais temas do investimento em ações neste ano, avalia o banco em seu relatório. O consenso do mercado vem revisando para cima o PIB e as previsões de crescimento de lucros. “Ainda vemos riscos tendenciosos para o lado positivo”, diz o banco. “Esperamos que o crédito ganhe tração e impulsione a aceleração do PIB, enquanto a massa salarial real pode perder importância relativa como direcionador do crescimento”, prevê a corretora. Em um cenário de forte crescimento de lucros, a corretora dá preferência a segmentos e empresas cíclicas, ou seja, que acompanham as ondas da economia, sendo que os setores que se destacam como tendo alta sensibilidade ao ciclo são as varejistas e industriais.

Juros em baixa também vão ajudar

O comportamento da curva de juros é o segundo tema de investimento da corretora. A curva de juros brasileira se elevou consideravelmente desde maio, com a alta das taxas para os prazos mais longos, quando o estresse político teve um pico. Considerando a diferença entre os vencimentos para 2027 e 2019, o adicional no longo prazo passou de 1,10 ponto percentual em 17 de maio para 3,20 pontos agora. “Em nossa opinião, o declive atual reflete os riscos fiscais e políticos existentes”, avalia a corretora.

Setores ganham com juros longos menores

Portanto, acreditam os analistas do Bradesco, o cenário de ajuste fiscal contínuo deve mitigar os riscos fiscais e políticos e reduzir a inclinação da curva de juros nos próximos 12 meses, reduzindo especialmente as taxas de longo prazo. Os setores que se beneficiam das taxas em queda incluem: shopping centers, concessões rodoviárias, empresas do setor elétrico e pagadores de dividendos elevados.

Estatais ainda dão caldo

A Bradesco Corretora avalia também que ainda se encontra valor em empresas estatais. Mas a convicção sobre a atratividade das empresas públicas é menor do que em setores cíclicos e outros, uma vez que ainda não é tão fácil identificar os objetivos dos candidatos presidenciais em relação a essas companhias. Como resultado, os analistas recomendam exigir um preço em relação ao potencial das empresas mais atrativo e indicadores mais claros para essas empresas, buscando nomes mais expostos ao ciclo atual de crescimento. “De um modo geral, pensamos que a valorização das ações de empresas públicas é potencialmente atraente”, afirma o relatório, que acrescenta que “comparando setores, preferimos as empresas estatais no setor bancário em relação à empresas de utilidade pública, já que são mais cíclicas”.

Riscos da eleição e do ajuste fiscal

Nas últimas cinco eleições presidenciais (1998, 2002, 2006, 2010 e 2014), a volatilidade do índice de ações brasileiro aumentou nos seis meses anteriores ao pleito. “Se o passado for um bom padrão para o futuro, devemos esperar um aumento substancial da volatilidade do mercado de ações brasileiro ao longo de 2018”, diz a corretora. Os movimentos deverão ser mais pronunciados, à medida em que se tenha convicção de quem serão os candidatos mais competitivos na disputa.

A corretora lembra também que o ajuste fiscal não acabou. Citando conversas com investidores estrangeiros, a Bradesco Corretora diz que o cenário base deles parece não ter um ajuste fiscal implementado até o final do ano de 2018. Neste contexto, o governo teria três potenciais direcionadores positivos: (i) o acordo de transferência de direitos do pré-sal com a Petrobras (SA:PETR4), que poderia somar R$ 60 bilhões em receitas; (ii) os depósitos voluntários no Banco Central, que poderiam reduzir materialmente o estoque de dívida bruta; (iii) o projeto de lei 314/2017, para permitir ao Banco Central devolver títulos do Tesouro equivalentes a R$ 150 bilhões, ou 2,3% do PIB, reduzindo o estoque de dívida.

Crescimento de 2% e juros subindo antes de dezembro

A corretora vê fatores que podem reduzir o otimismo, como uma perspectiva de crescimento de 2,0% para PIB durante este ano, abaixo dos 2,6% do consenso de mercado. Para os analistas, há limitações para que uma onda de investimentos possa ocorrer já em 2018. Além disso, é improvável que o consumo das famílias suporte um crescimento muito maior do PIB, dada a sua natureza muito menos volátil, afirma o economista-chefe da corretora, Dalton Gardimam. Essas limitações começam com as incertezas eleitorais, que devem continuar a adiar as decisões de investimento das empresas.

As questões da oferta de financiamento também farão parte em um contexto de redução de participação do BNDES no mercado de crédito (a fonte de financiamento mais tradicional para investimentos corporativos, além dos lucros retidos), bem como a falta de poupança doméstica.

Juros em 7,75% em dezembro

A Bradesco Corretora acredita também que os juros podem voltar a subir antes do esperado pelo mercado, que trabalha com 6,75% em dezembro deste ano. “Esperamos que o Banco Central comece a elevar a taxa básica já em 2018”, avalia Gardimam. A Selic terminaria o ano em 7,75%. Ele ressalta que, embora essa seja uma visão divergente entre os economistas (que não projetam altas), a curva de juros está precificando atualmente a Selic exatamente em 8%.

Apetite por iPhones, não caminhões, pode acelerar inflação

A explicação para essa volta dos juros seria que, juntamente com os riscos decorrentes das eleições, a inflação pode acelerar mais cedo do que o esperado por outros motivos. Por exemplo, o consenso do mercado de que há uma grande capacidade ociosa na economia que impediria a inflação de se acelerar neste ano. “Nós lançamos dúvidas sobre essa suposição, uma vez que grande parte do excesso de capacidade está concentrado em setores estimulados artificialmente por medidas intervencionistas (alocação de capital ineficiente)”, diz o economista. “Simplificando, fábricas de caminhões não produzem iPhones”, exemplifica, lembrando que a recuperação econômica atual vem do maior consumo e não desses setores com maior capacidade ociosa. Ainda assim, avalia Gardimam, qualquer preocupação neste front não é imediata e os dados de inflação devem ficar bem-comportados por um tempo: “projetamos inflação (medida pelo IPCA) de 4,2% em 2018”.

Dólar estável

Gardimam e sua equipe não veem grandes ameaças no cenário externo e esperam que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) siga subindo os juros moderadamente. Isso garante uma certa tolerância dos investidores com relação aos problemas do Brasil e permite ao país seguir tranquilo nas suas contas externas. A corretora lembra que as dívidas de empresas, bancos, governo e famílias nos EUA correspondem a 350% do PIB americano e qualquer aumento maior dos juros teria um impacto muito forte na economia. Para o Brasil, o impacto desse cenário externo sobre o real e o dólar seria de neutro para positivo. Mas há que se considerar os efeitos da eleição presidencial. Mesmo assim, a corretora projeta um dólar de R$ 3,40 no fim de 2018.

Efeitos em cada setor

A Bradesco Corretora fez uma análise por setor das perspectivas para 2018. Começando com o setor bancário, a retomada do crescimento do crédito será o tema principal. “Os bancos brasileiros enfrentam o desafio de manter os elevados retornos em meio ao cenário de taxas de juros mais baixas, enquanto outras melhorias na qualidade dos ativos devem contribuir”, dizem os analistas Rafael Frade e Renato Chanes. Além disso, durante 2018 devem ocorrer discussões mais profundas sobre bancos digitais em todos os países latino-americanos.

A carteira de crédito dos bancos poderia alcançar um crescimento mais forte do que o esperado, o que seria bem-vindo para enfrentar as pressões sobre os resultados da intermediação financeira, dizem os analistas. O cenário base contempla um crescimento de 4% no crédito no mercado, sendo 3% no Banco do Brasil (SA:BBAS3), 6% no Itaú (SA:ITUB4) e 8% no Santander Brasil (SA:SANB11). Mas há o risco de novas empresas em dificuldades.

As ações preferidas pela Bradesco Corretora entre os bancos são as do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 40,00, e do ABC Brasil (SA:ABCB4), com preço-alvo de R$ 22,00.

Serviços Financeiros

Em serviços financeiros, a corretora espera resultados melhores. A bolsa B3 (SA:BVMF3) continuará a se beneficiar de uma atividade mais intensa no mercado de capitais, enquanto o atual cenário de competição para os adquirentes de cartões de crédito provavelmente persistirá. Embora os lucros das seguradoras possam ser impactados por taxas de juros mais baixas, elas podem ter melhor desempenho operacional em 2018, dizem os analistas Rafael Frade e José Cataldo.

Uma recuperação mais forte das condições macroeconômicas e um possível cenário político mais favorável poderiam beneficiar a B3 mais rapidamente do que outros nomes, enquanto as seguradoras poderiam ter um melhor desempenho operacional. Mas se a recuperação for mais lenta ou o cenário político for negativo, isso poderia se refletir na desaceleração da melhoria do mercado de capitais e vendas no varejo. Neste caso, a empresa de resseguros IRB (SA:IRBR3) seria menos afetado.

As indicações desse segmento são B3, com preço-alvo de R$ 26,00, IRB, com R$ 39,00, e a corretora Wiz (SA:WIZS3) com R$ 17,00.

Bebidas, de olho na Copa do Mundo

Os analistas da Bradesco Corretora estão com uma visão positiva sobre o crescimento do volume de cerveja no Brasil em 2018, graças às condições favoráveis para o consumidor, impulsionadas por um crescimento maior da economia e a Copa do Mundo na Rússia. “Também estamos otimistas pelo lado dos custos, uma vez que a taxa cambial deve permanecer com pouca apreciação, beneficiando as empresas de bebidas com alta exposição ao dólar por importações de matérias-primas”, dizem os analistas Gabriel Lima e Ricardo França. Eles recomendam compra de Ambev (SA:ABEV3) com preço-alvo de R$ 24,00.

Alimentos, bom para carnes

O setor de proteínas, provavelmente, terá condições favoráveis no próximo ano, acredita a Bradesco Corretora, especialmente as empresas domésticas de carne bovina. Elas devem apresentar margens saudáveis graças à forte oferta de gado no país, que deve durar mais dois anos. O segmento de frango também deve ir bem, pelos custos mais baixos dos grãos e a oferta insuficiente do produto. Para as empresas mais expostas aos mercados domésticos (BRF (SA:BRFS3), Camil e M. Dias Branco (SA:MDIA3)), a confiança do consumidor pode surpreender positivamente e levar a uma demanda mais forte do que o esperado, dizem os analistas Gabriel Lima e Ricardo França. Para as empresas com maior exposição aos mercados internacionais (Minerva (SA:BEEF3) e Marfrig (SA:MRFG3)), surpresas positivas viriam da abertura de novos mercados para a carne brasileira, como a Coréia do Sul e Japão, e a depreciação do real superando os premissas do cenário base, com o dólar acima de R$ 3,28.

As empresas indicadas são BR Foods (Sadia e Perdigão) com preço-alvo de R$ 55,00,. e Camil, com R$ 12,00.

Por Arena do Pavini

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