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Linhão de transmissão de Belo Monte mobiliza 7 empreiteiras para evitar atraso

Publicado 20.06.2017, 11:49
Atualizado 20.06.2017, 12:00
© Reuters.  Linhão de transmissão de Belo Monte mobiliza 7 empreiteiras para evitar atraso

© Reuters. Linhão de transmissão de Belo Monte mobiliza 7 empreiteiras para evitar atraso

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A chinesa State Grid e a estatal Eletrobras (SA:ELET3) mobilizaram sete empreiteiras para recuperar o tempo perdido nas obras de construção de um enorme linhão de ultra-alta tensão que vai conectar a hidrelétrica de Belo Monte ao sistema elétrico do Brasil, disseram as empresas à Reuters.

As estruturas de transmissão, com mais de 2 mil quilômetros e orçadas em 4,5 bilhões de reais, precisam estar prontas em fevereiro de 2018 para evitar que a mega usina no Pará tenha problemas para enviar sua produção até as regiões de maior consumo de eletricidade, principalmente no Sudeste.

A preocupação está focada nos primeiros dois trechos do linhão, que têm avançado lentamente.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne autoridades da área de energia do governo, tem atribuído a culpa pelos problemas ao mau desempenho da empreiteira chinesa SEPCO1, que havia sido originalmente contratada para a construção desses lotes.

"Com relação ao trecho 1, entraram cinco novas empresas... e duas no trecho 2... dessa forma, será possível concluir os trabalhos dentro do cronograma", disse em nota à Reuters a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), empresa criada por State Grid e Eletrobras para tocar o empreendimento.

A BMTE não comentou o desempenho da SEPCO1.

Procurada, a empresa chinesa não respondeu um pedido de comentário.

Segundo um relatório da BMTE visto pela Reuters, o trecho 1 do linhão possui avanço de 77 por cento na concretagem de torres estaiadas e de 60 por cento nas torres autoportantes, um trabalho já praticamente concluído nas outras sete partes da obra.

No içamento de torres estaiadas e na montagem de torres autoportantes, o trecho 1 avançou apenas 51 por cento e 32 por cento, respectivamente. No trecho 2, também com atraso, essas etapas foram 59 por cento e 41 por cento concluídas, enquanto nos demais seis lotes do empreendimento tais tarefas já estão completas.

No lançamento de cabos, o trecho 1 avançou somente 11 por cento dos trabalhos, contra 27,5 por cento no trecho 2 e avanços de 62 por cento a 100 por cento nos demais lotes.

A BMTE disse à Reuters que a SEPCO1 agora contará com apoio das empresas E&I do C, Procel, CAZ, Alumini e Planova no trecho 1. No trecho 2, entrarão as empresas FN Crespo e Tabocas.

Em um documento enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa apresentou expectativa de entrar com solicitação junto ao Ibama ainda neste mês para obter a licença ambiental de operação, exigida para a efetiva entrada em funcionamento da linha.

Segundo esse cronograma, o Ibama deverá fazer uma vistoria no empreendimento quando este tiver entre 80 e 90 por cento das obras concluídas para então emitir um parecer técnico e liberar a licença, o que poderia acontecer em novembro.

A Reuters publicou ainda em outubro de 2016 que o desempenho da SEPCO1 no linhão estava na mira das autoridades brasileiras, que já se preocupavam com um atraso na conclusão do empreendimento.

Um possível atraso aumentaria problemas já previstos para o escoamento da energia de Belo Monte.

O governo brasileiro estima que a hidrelétrica terá a geração limitada do final deste ano até a conclusão do linhão da BMTE, devido à crise financeira da espanhola Abengoa, que abandonou antes do final a construção de uma linha que ligaria Belo Monte ao Nordeste.

Belo Monte, que será uma das maiores hidrelétricas do mundo quando concluída, em 2019, já tem colocado máquinas em operação, mas a capacidade da rede para receber essa energia sem reforços na transmissão é limitada. A usina está orçada em mais de 30 bilhões de reais.

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