Investing.com - O governo pretende realizar o leilão para privatização das distribuidoras da Eletrobras (SA:ELET6) no dia 30 de abril. A data é considerada a limite para a realização da venda das empresas. De acordo com a Coluna do Broad, publicada no site do Estadão, a ideia é que o edital seja publicado até o dia 15 do próximo mês.
Apesar das intenções, antes o Tribunal de Contas da União (TCU) precisa aprovar esses processos. Na última semana, os acionistas da estatal aprovaram a venda das distribuidoras Amazonas Distribuidora, Boa Vista Energia (RR), Ceal (AL), Cepisa (PI), Ceron (RO) e Eletroacre. A venda é considerada parte fundamental para a privatização da estatal.
A decisão dos acionistas de permitir que a companhia assuma dívidas e eventuais passivos de seis de suas distribuidoras de energia que serão privatizadas deve garantir o sucesso no leilão das companhias, previsto para acontecer até abril, disse à Reuters o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, em entrevista concedida antes do Carnaval.
Ele afirmou que existe uma grande movimentação de empresas interessadas nos ativos e garantiu acreditar que haverá compradores para todas as concessionárias, que atuam em Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.
"Tem interessados em todas elas... tem gente sondando, tem gente com equipes grandes de profissionais olhando cada empresa\", afirmou Pedrosa, sem citar nomes dos possíveis investidores.
Ele defendeu que agora há "muito mais clareza" para os investidores sobre os riscos associados às empresas, uma vez que o governo e os demais acionistas da Eletrobras (SA:ELET3) decidiram na assembleia manter na holding 11,2 bilhões de reais em dívidas e mais 4 bilhões em possíveis passivos das distribuidoras junto a fundos que custeiam subsídios no setor elétrico.
A Eletrobras defende que mudanças legislativas e decisões judiciais transformarão em créditos bilionários as cobranças de devolução de recursos aos fundos que vêm sendo feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas investidores vinham se mostrando receosos de assumir esse risco.
Com Reuters