Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Arábia Saudita diz que oferta de petróleo deve ter alta "mensurável" após acordo entre Opep e Rússia

Publicado 23.06.2018, 12:33
Atualizado 23.06.2018, 12:40
© Reuters.  Arábia Saudita diz que oferta de petróleo deve ter alta "mensurável" após acordo entre Opep e Rússia

VIENA (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) acertou neste sábado um acordo com a Rússia e outros países aliados produtores da commodity para elevar a produção a partir de julho e a Arábia Saudita afirmou que o aumento da oferta será "mensurável".

A Opep tinha anunciado na sexta-feira um acordo apenas com membros da entidade e também não revelou detalhes sobre metas de produção. Neste sábado, países que não integram o grupo concordaram em participar do acordo, mas números concretos sobre ele não foram revelados em um comunicado divulgado após as discussões em Viena.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava entre os que estavam interessados em saber em quanto mais a produção da Opep seria elevada. "Espero que a Opep aumente a produção substancialmente. Precisamos manter os preços baixos!", escreveu Trump no Twitter após o anúncio da Opep na sexta-feira.

EUA, China e Índia querem que os produtores de petróleo elevem a produção para evitar um déficit que poderia afetar o crescimento econômico global.

O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, afirmou que Opep e outros países que não fazem parte do grupo vão elevar a produção em 1 milhão de barris por dia nos próximos meses, o equivalente a 1 por cento da oferta global. A maior exportadora global, Arábia Saudita, vai ampliar a produção em centenas de milhares de barris, afirmou o ministro, comentando que o número exato será decidido posteriormente.

O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, afirmou que seu país vai elevar a produção em 200 mil barris diários no segundo semestre deste ano.

Questionado em que medida a decisão de aumento da produção deve-se à pressão de Trump, Novak respondeu: "É óbvio que não estamos sendo guiados por tuítes e que baseamos nossas ações em análises profundas do mercado."

DESENTENDIMENTO ENTRE IRÃ E ARÁBIA SAUDITA

O Irã, terceiro maior produtor de petróleo da Opep, exigia que a Opep rejeitasse pedidos de Trump para um aumento da oferta, argumentando que foi o presidente dos EUA quem contribuiu para a recente alta nos preços ao impor sanções contra o Irã e a Venezuela, outro grande exportador da commodity.

Trump lançou novas sanções contra o Irã em maio e observadores do mercado esperam que a produção do país caia em um terço até o final deste ano. Isso significa que o país tem pouco a ganhar com um acordo para aumento de produção, diferente do que ocorre com a Arábia Saudita.

O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, afirmou que o aumento real pode ser de apenas 500 mil barris por dia porque a Arábia Saudita não terá permissão para produzir mais para compensar a Venezuela, onde a produção despencou nos últimos meses.

"Cada país que tem produzido menos (que sua cota) pode produzir mais. Aqueles que não podem, não vão... Isso significa que a Arábia Saudita pode aumentar sua produção em menos que 100 mil barris diários", disse Zanganeh à Argus Media.

Mas Falih afirmou que as realocações de cota não precisam ser restritas, o que significa que a Arábia Saudita quer preencher as diferenças de produção de outros países.

"Alguns dos países...não vão poder produzir, então, outros vão. E isso significa que haverá uma realocação indireta", disse Falih.

A Opep e seus aliados têm desde o ano passado promovido um pacto para reduzir produção em 1,8 milhão de barris diários. A medida tem ajudado a reequilibrar o mercado nos últimos 18 meses e elevado os preços do petróleo para cerca de 75 dólares o barril ante 27 dólares em 2016.

Mas problemas de produção na Venezuela, Líbia e Angola efetivamente levaram os cortes de produção para cerca de 2,8 milhões de barris nos últimos meses.

Falih afirmou que o mundo pode enfrentar um déficit de oferta de até 1,8 milhão de barris por dia no segundo semestre deste ano.

Os EUA, que rivaliza com Rússia e Arábia Saudita, a liderança de maior produtor de petróleo do mundo, não está participando do acordo de oferta.

(Por Ahmad Ghaddar, Alex Lawler e Vladimir Soldatkin)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.