Investing.com - A Petrobras dispara mais de 4% nesta sexta-feira e vai ao maior nível em dois meses após a publicação do balanço do primeiro trimestre.
A ação preferencial (SA:PETR4) da companhia supera os R$ 15,50 após ficar presa nos últimos dois meses entre R$ 13 - R$ 14 com poucos picos acima de R$ 15. A ação sobe com após a publicação de um lucro líquido de R$ 4,45 bilhões.
O forte resultado líquido, registrado em meio a reduções acentuadas de gastos e despesas e maiores exportações, veio acima das previsões de analistas compiladas pela Reuters, que apontavam lucro de R$ 3,773 bilhões no período.
O Ebitda ajustado subiu para o recorde histórico de R$ 25,254 bilhões, contra R$ 21,193 bilhões no mesmo período do ano passado.
A receita cedeu 3% para R$ 68,365 bilhões com a menor demanda por combustível no mercado interno, reflexo da recessão da economia nacional. O volume de vendas de diesel, caiu 12%, para 702 mil barris/dia, enquanto a comercialização de gasolina recuou 4%, para 539 mil barris/dia;
A Petrobras elevou para 2,805 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) a produção de petróleo e gás natural, na média do primeiro trimestre.
O Ibovespa sobe 1,2% e vai a 68.350 pontos, depois de alcançar os 68.428 pontos, maior patamar desde fevereiro.
JBS (SA:JBSS3) perde com operação Bullish
A JBS se recupera lentamente após o tombo de 5,6% logo após a abertura com a nova operação da Polícia Federal, batizada de Bullish, que investiga a fraudes na concessão de empréstimos e investimentos do BNDES, no valor de R$ 8 bilhões.
Segundo a Reuters, o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, dono da JBS, e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho tiveram mandados de condução coercitiva expedidos pela Justiça, mas ambos estariam atualmente no exterior, de acordo com uma fonte da Polícia Federal.
A operação foi chamada "Bullish", em referência à tendência de valorização gerada entre os operadores do mercado financeiro em relação aos papéis da empresa investigada devido ao aporte do BNDES, segundo a polícia.
Qualicorp dispara com gestão
A operadora de planos de saúde Qualicorp (SA:QUAL3) dispara mais de 10% no pregão desta sexta-feira depois de publicar seu balanço do primeiro trimestre. A receita da companhia disparou 11% para R$ 507,1 milhões com queda nas despesas de 10%, mostrando gestão mesmo com o ambiente negativo. A carteira de clientes recuou 7% para 4,5 milhões de usuários, provocada pela queda de 46,3% em contratos corporativos, reflexo do maior desemprego e da recessão.
O lucro da companhia recuou 43% para R$ 111,5 milhões. Analistas da corretora Coinvalores avaliam os dados como sólidos e destacam que a queda no lucro líquido refletiu benefício fiscal registrado no primeiro trimestre do ano passado e que excluindo esse impacto, o aumento do lucro líquido foi de 84%.
Lojas Americanas perde com varejo fraco
A varejista (SA:LAME4) recua 3% em meio ao balanço fraco do primeiro trimestre que mostrou salto no prejuízo para R$ 132,9 milhões de janeiro a março, ante resultado negativo de R$ 23,9 milhões no ano passado.
O Ebitda ajustado somou R$ 449,4 milhões, recuo de 11,8% em relação ao primeiro trimestre de 2016. A margem Ebitda ajustada passou de 12,9% para 12,6%. A receita líquida consolidada caiu 9,2% para 3,57 bilhões de reais.
Outros resultados do dia
A BRF (SA:BRFS3) teve prejuízo líquido de R$ 286 milhões primeiro trimestre, com a queda da receita operacional pressionada pelos menores preços e dos volumes produzidos, com o impacto da operação Carne Fraca. Para analistas do Credit Suisse, os números do período foram fracos, mas o banco destaca que a perspectiva para os próximos trimestres é de melhora.
A Marfrig (SA:MRFG3) teve prejuízo líquido de R$ 233,2 milhões, acima do resultado negativo de R$ 106,2 milhões de reais um ano antes, em meio à queda na sua receita, pressionada por efeito cambial e operação Carne Fraca, que compensaram o bom desempenho da divisão Keystone. A empresa informou que a Keystone submeteu à Securities and Exchange Comission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais norte-americano) registro inicial para IPO nos EUA.
A Kroton Educacional (SA:KROT3) teve lucro líquido ajustado de R$ 577,1 milhões, alta de 17,6% por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
A Cyrela (SA:CCPR3) teve lucro líquido consolidado de R$ 34,25 milhões, queda de 61,5% devido à redução das vendas e ao nível ainda elevado de distratos.
A MRV (SA:MRVE3) teve lucro líquido de R$ 131 milhões, superando em 2% e se prepara para um novo recorde de lançamentos no segundo trimestre.
A CCR (SA:CCRO3) anunciou que teve lucro líquido de R$ 329 milhões, um aumento de 32,9% por cento. Excluindo efeitos não recorrentes, como a venda da controladora da Sem Parar, em meados do ano passado, e os novos negócios que não estavam operacionais na mesma etapa do ano passado, somou R$ 338,5 milhões de reais, alta de 46,6%.
A CPFL Energia (SA:CPFE3) registrou lucro líquido de R$ 232 milhões, resultado praticamente estável ante o mesmo período do ano passado.
Com Reuters