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Resumo da Semana: Fusão de Fibria e Suzano, balanço da Petrobras e dúvidas nos EUA

Publicado 16.03.2018, 18:23
Atualizado 16.03.2018, 17:52
© Reuters.  Resumo da Semana: Fusão de Fibria e Suzano, balanço da Petrobras e dúvidas nos EUA

© Reuters. Resumo da Semana: Fusão de Fibria e Suzano, balanço da Petrobras e dúvidas nos EUA

Investing.com - O intenso noticiário corporativo com fusão das gigantes de celulose Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB3) e o balanço da Petrobras (SA:PETR4) dividiram as atenções dos investidores nesta semana com a caminhada protecionista e as incertezas políticas vindas dos EUA.

O Ibovespa acumulou quatro dias de baixa e encerrou a semana aos 85.886 pontos, seguindo dentro de um movimento lateral entre os 84.000 pontos e os 87.000 pontos, que frequenta desde meados de fevereiro. O movimento tem sido sustentado por investidores brasileiros, que compensaram a saída de R$ 7 bilhões dos estrangeiros desde o início do mês passado.

O destaque do mercado local ficou ao cargo da decisão dos controladores da Fibria de aceitar a proposta de R$ 35 bilhões da Suzano para adquirir a companhia, ao rejeitar uma proposta não-firme de R$ 40 bilhões da Paper Excellence, que adquiriu no ano passado a Eldorado do grupo J&F por R$ 15 bilhões. A fusão encerra anos de especulação sobre a consolidação do mercado brasileiro e cria a maior produtora mundial de celulose, com capacidade de processar 11 milhões de toneladas por ano.

O impacto nas ações das empresas foi em direções opostas, enquanto o mercado ajustava os preços às condições do negócio. A Fibria recuou 10,2%, enquanto a Suzano disparou 21,8%.

O balanço da Petrobras também atraiu a atenção dos investidores ao anunciar um prejuízo anual na quinta-feira pela manhã. O resultado do quarto trimestre veio inferior à pior previsão em um balanço poluído com diversos fatos não-recorrentes de peso. A reação do mercado foi negativa e o papel cedeu 4,8%, se descolando da movimentação do petróleo.

Protecionismo e confusões políticas nos EUA

Na cena externa, o ritmo protecionista que o governo Donald Trump está trilhando tem provocado dúvidas no mercado sobre o tamanho das retaliações e o início de uma guerra comercial.

Após Trump decidir – aparentemente sem consulta à sua equipe e sem detalhamento da medida – taxar em 25% a importação de aço e em 10% a de alumínio, uma sequência de movimentos indica que a sua guinada protecionista ditada pelo lema de campanha “America First” (Estados Unidos primeiro, em inglês) está apenas no início. Vazou informações de que o presidente dos EUA quer taxar até US$ 60 bilhões em importações da China ao rejeitar proposta de impostos sobre US$ 30 bilhões.

A troca de cargos relevantes na Casa Branca também segue a todo vapor com destaque para a demissão por Twitter do secretário de Estado, Rex Tillerson, e sua substituição por Mike Pompeu – tido como linha dura em política externa – e a indicação de Larry Kudlow, como novo conselheiro econômico. Apesar de ser defensor do comércio livre, Kudlow apoia uma posição mais dura contra os chineses. “China merece uma resposta dura não apenas dos EUA”, disse à CNBC.

A investigação sobre a interferência russa nas eleições dos EUA também se aproximou mais fortemente de Donald Trump após o procurador-especial do caso, Robert Mueller, intimar a Trump Organization a entregar documentos dos negócios do presidente.

Commodities

Petróleo. A semana foi de volatilidade para o mercado de petróleo global com a publicação de relatórios mensais da AIE e da Opep fazendo conclusões diferentes sobre o mercado, além de dados mistos nos estoques dos EUA. A commodity encerrou a semana com leve alta aos US$ 62,30 o barril em Nova York e US$ 66,15 o barril do Brent.

Do lado pessimista, a Opep traçou um cenário de uma produção elevada dos EUA, que seria capaz de manter o desequilíbrio do mercado internacional, com excesso de oferta. Os estoques dos EUA também pressionaram os preços ao mostrar alta de 5,02 milhões de barris, contra previsão de aumento de 2,02 milhões de barris.

Pela ponta positiva, a AIE mostrou uma projeção de queda na produção da Venezuela e um forte aumento da demanda global, que seria capaz de absorver o aumento de produção dos países fora da Opep. Os estoques de gasolina deram um sinal na mesma direção ao recuarem 6,27 milhões de barris.

Minério de ferro. Os contratos futuros negociados em Dalian interromperam a sequência de oito quedas consecutivas na quarta-feira, após a indústria chinesa mostrar avanço anual de 7,2% em fevereiro, acima das expectativas. O avanço, contudo, não foi suficiente para reverter a direção na semana, que registrou a terceira desvalorização consecutiva.

Açúcar. A safra de cana-de-açúcar deverá ser 10% menor em 2018/19, de acordo com pesquisa da Reuters, expectativa confirmada por analistas do setor. A Datagro prevê safra de 31,6 milhões de toneladas.

Soja. O clima positivo deverá trazer nova safra recorde neste ano, da ordem de 115,7 milhões de toneladas, segundo a Céleres. O Rabobank elevou as apostas para 114 milhões de toneladas, em linha com o ano passado.

Milho. O Rabobank prevê uma produção total de 85,5 milhões de toneladas do grão neste ano, sendo 25 milhões na primeira safra, a menor em 20 anos.

Indicadores

Varejo. As vendas no varejo surpreenderam e avançaram 0,9% contra expectativas de 0,6%. Na comparação anual, o setor mostra avanço de 3,2%.

Serviços. O setor decepcionou em janeiro ao ceder 1,9% e registrar o pior número para o mês na série histórica iniciada em 2012.

Inflação. O IPC-Fipe recuou 0,4% na primeira quadrissemana de março. O IGP-10 subiu 0,45%.

Focus. O boletim Focus da semana mostrou os investidores cada vez mais certos de que o Copom reduzirá os juros para 6,5% na próxima semana, após uma sequência de dados fracos de inflação.

Mundo corporativo

Fibria e Suzano. As gigantes finalizaram operação para fundir as operações após anos de rumores sobre uma consolidação no mercado brasileiro de celulose. A Suzano pagará R$ 35 bilhões em dinheiro e ação aos acionistas da Fibria.

Petrobras. A petroleira mostrou prejuízo de R$ 446 milhões em 2017 no quarto trimestre com balanço poluído com itens não recorrentes. A diretoria anunciou plano para rever a política de dividendos após o quarto ano consecutivo sem distribuição. As despesas de R$ 11,2 bilhões com o acordo para encerrar ações nos EUA e de R$ 10,4 bilhões para regularizar sua situação fiscal no Brasil pressionaram o resultado. A Petrobras obteve uma vitória na Justiça e não terá que indenizar em R$ 1 bilhão a Refinaria de Manguinhos. Após a recusa do Cade da venda da Liquigás, a Petrobras estuda o IPO da companhia.

Eletrobras (SA:ELET3). O presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr., anunciou o lançamento do terceiro PDV com a expectativa de cortar 3 mil funcionários e economizar R$ 1 bilhão. Ferreira disse ver diversos interessados em leilão das distribuidoras, que poderá ocorrer em 4 de maio.

Petrobras Distribuidora (SA:BRDT3). A empresa apresentou seu primeiro balanço após o IPO com lucro de R$ 531 milhões.

BRF (SA:BRFS3). O governo suspendeu as exportações de aves para a Europa como resultado do desdobramento da operação Carne Fraca.

Estácio (SA:ESTC3). A empresa registrou forte alta de 9% após proposta de distribuição de R$ 100,8 milhões em dividendos. O balanço do quarto trimestre veio com sinais de gestão de custos, com a demissão de professores que provocou impacto de R$ 117 milhões. O Ebitda avançou 87%.

Kroton (SA:KROT3). A empresa mostrou lucro de R$ 488 milhões no 4T17 e prevê aquisições na metade do ano.

Qualicorp (SA:QUAL3). A gestora afundou 11,7% depois de mostrar queda no número de clientes, apesar de avanço no lucro líquido do quarto trimestre. A empresa prevê recuperação no segundo trimestre.

CCR (SA:CCRO3). A companhia deverá apresentar uma proposta pela parte da OAS na Invepar, dona da concessão do aeroporto de Guarulhos e do metrô do Rio de Janeiro.

Eletropaulo (SA:ELPL3). A concessionária aprovou acordo para pagamento de R$ 1,5 bilhão à Eletrobras em disputa que se arrastava há três décadas.

Oi (SA:OIBR4) e Tim (SA:TIMP3). As companhias seguem negociando uma possível fusão, apesar da determinação da Telecom Itália de não aprovar a operação.

BR Malls (SA:BRML3). O lucro da gestora de shoppings avançou 13,5% para R$ 129,3 milhões com redução nos custos com empréstimos e venda de ativos.

Natura (SA:NATU3). A empresa mostrou forte balanço com alta de 23% no lucro e queda no endividamento líquido.

MSCI. A revisão da composição dos índices do MSCI poderá ter impacto sobre o Itaú e o Bradesco. A empresa pretende reduzir os pesos dos papéis preferenciais, que não possuem direito a voto. A medida beneficiaria Vale (SA:VALE3), Ambev (SA:ABEV3) e B3.

Bradesco (SA:BBDC4). O banco poderá fechar até 200 agências neste ano.

Itaú (SA:ITUB4). O banco realizou a emissão de US$ 750 milhões em bônus perpétuo com opção de compra em cinco anos com taxa de 6,5% ao ano. A Fitch cortou a nota do Itaú para “BB (SA:BBAS3)”. O Cade aprovou a compra de 49,9% da XP.

Embraer (SA:EMBR3). A negociação com a Boeing poderia ser usada como moeda de barganha na negociação do Brasil com os EUA para reduzir as tarifas de importação de aço e alumínio impostas por Trump.

Ecorodovias (SA:ECOR3). O Cade aprovou sem restrições a aquisição da Concessionária de Rodovias Minas Gerais (MGO) pela Ecorodovias.

Carrefour (SA:CRFB3). Executivos do grupo veem potencial para abertura de até 140 lojas até 2022.

Lojas Renner (SA:LREN3). A varejista aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio com valor líquido de R$ 0,0619 por ação.

OdontoPrev. A empresa aprovou o pagamento de R$ 15,1 milhões em juros sobre o capital próprio da companhia.

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