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Lucro líquido da Vale cai 35% no 1º tri para R$5,1 bi

Publicado 25.04.2018, 22:00
Atualizado 25.04.2018, 22:00
© Reuters. Logo da Vale no Rio de Janeiro

Por Marta Nogueira e Roberto Samora

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A mineradora Vale (SA:VALE3) registrou lucro líquido de 5,1 bilhões de reais no primeiro trimestre, queda de cerca de 35 por cento ante o mesmo período de 2017, apesar de vendas recordes de minério de ferro para o período, em meio a preços menores da commodity, informou a companhia nesta quarta-feira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado entre janeiro e março, por sua vez, somou 12,9 bilhões de reais, recuo de 4,7 por cento ante um ano antes, com uma estratégia de suprimento da companhia limitando a redução.

A maior produtora global de minério de ferro registrou queda de 12,36 por cento no preço realizado do produto no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, para 66,41 dólares por tonelada.

Dessa forma, a queda no lucro ocorreu apesar de um aumento de 11,2 por cento nas vendas de minério de ferro, para 70,8 milhões de toneladas (finos), na comparação com o mesmo período do ano passado, um recorde para um primeiro trimestre.

No entanto, a estratégia de gerenciamento da cadeia de suprimentos da companhia evitou impactos maiores nos resultados, de acordo com explicações do diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, em um vídeo publicado na internet.

Segundo ele, o Ebitda do primeiro trimestre foi próximo ao registrado no quarto trimestre de 2017, o que é pouco usual, devido a sazonalidade. No início do ano, a produção da empresa costuma ser impactada com fortes chuvas no Brasil.

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"Esse resultado foi conseguido graças a flexibilidade da nossa cadeia de suprimentos de minério de ferro, batemos recorde de vendas para um primeiro trimestre, apesar da produção menor e também (devido) ao portfólio premium de produtos", disse Siani.

O Ebitda ajustado por tonelada de minerais ferrosos, excluindo Manganês e Ferroligas, foi de 39,8 dólares no primeiro trimestre, alta de 10,3 por cento ante o último trimestre de 2017, principalmente devido à melhora no mix de vendas e aos maiores prêmios de pelotas.

Em relação ao quarto trimestre de 2017, houve uma queda de 11 por cento nas vendas de minério de ferro.

"Estamos satisfeitos porque a Vale mostrou notável flexibilidade e uma ótima performance durante um primeiro trimestre muito complexo, o que foi fundamental para alcançarmos o mesmo Ebitda do 4T17, apesar de volumes sazonalmente menores", destacou o presidente-executivo da Vale, Fabio Schvartsman, em nota.

DÍVIDA EM QUEDA

A Vale reportou dívida líquida de 14,9 bilhões de dólares no fim do primeiro trimestre, ante 18,1 bilhões de dólares no quarto trimestre e 22,8 bilhões no fim do primeiro trimestre de 2017.

Segundo a companhia, esse é o menor nível da dívida desde o segundo trimestre de 2011, após um amplo programa de venda de ativos e redução de investimentos.

A empresa afirmou que os investimentos somaram 890 milhões de dólares no período --o menor nível para um primeiro trimestre desde 2005--, ante mais de 1 bilhão de dólares no mesmo período do ano passado.

A empresa reforçou a previsão de investimentos de 3,8 bilhões de dólares para 2018.

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"No curto prazo, atingiremos a meta de 10 bilhões de dólares da dívida líquida, e nosso sólido balanço e forte geração de caixa nos permitirão aumentar substancialmente a remuneração aos acionistas", destacou Siani, em comunicado.

Segundo a Vale, a dívida caiu mesmo com a companhia pagando 1,4 bilhão de dólares em remuneração aos acionistas.

A empresa lembrou que a nova política de dividendos entrará em vigor a partir dos resultados do primeiro semestre de 2018.

Assim, disse a empresa, os resultados do primeiro trimestre indicam um pagamento mínimo da remuneração aos acionistas de 1,033 bilhão de dólares, "o qual será aumentado para o pagamento em setembro de 2018, aplicando-se o indicador de 30 por cento sobre o Ebitda ajustado menos o investimento corrente do segundo trimestre".

METAIS BÁSICOS

A Vale, uma das maiores produtoras de níquel e um player importante no produto premium, afirmou que o segmento se beneficiou dos maiores preços da commodity no primeiro trimestre, que resultou em Ebitda ajustado de metais básicos de 2,1 bilhões de reais.

"Estamos focados em melhorar ainda mais a competitividade do negócio de Metais Básicos, otimizando as margens e mantendo a opcionalidade do níquel num cenário de maior demanda por níquel Classe I", disse a empresa.

O diretor-executivo de Metais Básicos, Eduardo Bartolomeo, afirmou que a empresa compensou parcialmente as limitações de produção não planejadas na mina de Coleman em Sudbury (Canadá) "com o foco de marketing na maximização da realização de preço de nosso mix de produtos prêmio".

Afirmou ainda que o empreendimento VNC (Nova Caledônia)registrou seu melhor resultado pelo segundo trimestre consecutivo, com um Ebitda ajustado de 91 milhões de reais no primeiro trimestre de 2018, refletindo os maiores preços de níquel e cobalto.

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Os resultados do segmento de Carvão da Vale continuaram a melhorar no período, impulsionados por maiores preços realizados, demonstrando o esforço da empresa em aumentar a participação de contratos atrelados ao preço-referência.

(Por Marta Nogueira e Roberto Samora)

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