Investing.com - Os acionistas da Vale estão debatendo um novo acordo que poderia unificar as classes de ações atuais (VALE3 (SA:VALE3) e VALE5 (SA:VALE5)) e, com isso, também melhorar a governança corporativa da empresa. Segundo uma notícia publicada no Valor, a ideia é que o novo acordo tenha a duração de seis anos. O atual tem 20 anos e foi criado na privatização da companhia.
“A modificação mais radical que poderia vir no novo acordo seria a unificação das classes de ações, com a extinção das preferenciais. Nesta estrutura, os atuais controladores perdem a maioria do capital, mas seriam asseguradas medidas protetivas (poison pills), dificultando que um investidor fora do atual bloco de controle possa assumir o comando da empresa”, avalia a Planner em um relatório.
O BTG Pactual (SA:BBTG11) disse em um email enviado a clientes que a “potencial melhora na governança seria positivo e poderia levar a um re-rating dos múltiplos da Cia para perto de seus peers”. Em um cálculo comparativo com a Rio Tinto (LON:RIO) e BHP, que operam a um nível de 7 a 7,5 vezes o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) esperado para 2017, e a Vale a 6 vezes, uma normalização poderia resultar em uma alta de 30%.
“Por outro lado, esse tipo de discussão é muito complexo e não deve ser resolvido no curto prazo”, pondera o banco. O BTG segue com a recomendação neutra. A Planner indica a posição vendida nos papéis.